Dólar aproxima-se de R$ 5,40 com temor de recessão global
Os temores de uma recessão global provocada por aumentos de juros em diversas economias fizeram…
Os temores de uma recessão global provocada por aumentos de juros em diversas economias fizeram o dólar aproximar-se de R$ 5,40 e subir para o maior valor desde o fim de janeiro. A bolsa de valores caiu pela segunda sessão seguida e fechou no menor nível em dez dias.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (5) vendido a R$ 5,389, com alta de R$ 0,064 (+1,19%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, chegando a R$ 5,40 na máxima do dia, por volta das 14h.
A moeda norte-americana está na maior cotação desde 27 de janeiro, quando tinha fechado a R$ 5,42. Apesar das altas das últimas semanas, a divisa acumula queda de 3,36% em 2022.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 98.295 pontos, com recuo de 0,32%. O indicador está no nível mais baixo desde 23 de junho.
O Ibovespa começou o dia em forte baixa. Depois de chegar a cair 2,1% no início da tarde, o índice recuperou-se perto do fim da sessão, puxado pela alta nas bolsas norte-americanas. O movimento, no entanto, foi insuficiente para reverter a queda.
O dólar teve um dia de alta em todo o planeta, em meio a expectativas de que as economias norte-americana e de países europeus entrem em recessão. Dados divulgados hoje mostraram forte desaceleração da zona do euro em junho. O euro caiu para o menor valor perante o dólar em 20 anos.
Os temores de recessão global fizeram a cotação do petróleo cair, prejudicando a bolsa brasileira, que tem os papéis da Petrobras com maior peso no índice Ibovespa.
No Brasil, as negociações em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que eleva benefícios sociais até o fim do ano também aumentam o receio dos investidores. A versão aprovada pelo Senado prevê impacto de R$ 41,25 bilhões no Orçamento deste ano.