NOVA ALTA

Dólar fecha no maior valor em 20 dias após queda nos juros

A redução dos juros básicos para o menor nível da história e divulgação de dados…

A redução dos juros básicos para o menor nível da história e divulgação de dados de emprego no Brasil e nos Estados Unidos fizeram o dólar fechar no maior valor em 20 dias. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (6) vendido a R$ 5,343, com alta de R$ 0,049 (+0,93%). A cotação está no maior valor desde 17 de julho, quando tinha fechado em R$ 5,382.

No mercado de ações, o dia foi marcado por ganhos. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira) subiu 1,57% e encerrou aos 104.126 pontos, influenciado pela divulgação de lucros de empresas menos afetadas pela pandemia que o inicialmente previsto. A queda na taxa Selic também contribuiu para a alta na bolsa.

Ontem (5), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a Selic (juros básicos da economia) para 2% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos estimulam a fuga de capitais financeiros do Brasil, pressionando o dólar para cima. Por outro lado, a perda de rentabilidade de investimentos de renda fixa estimula mais pessoas a investir na bolsa, apesar do risco do mercado acionário.

Empregos

O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu na semana passada. Apesar do recuo, o fato de quase 1,2 milhão de pessoas terem requerido o benefício indica estagnação no mercado de trabalho da maior economia do planeta. Isso pressionou o dólar, que subiu em relação às moedas de países emergentes, principalmente o real brasileiro e a lira turca.

No Brasil, o dia foi marcado pela divulgação de dois indicadores de trabalho. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a taxa de desemprego fechou o segundo trimestre em 13,3%. O índice subiu 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.

O Ministério da Economia também divulgou as estatísticas de seguro-desemprego. Segundo a pasta, o número de pedidos caiu para 570,54 mil na segunda quinzena de julho.