Dólar sobe e Bolsa despenca em mais um dia tenso no mercado
Moeda americana começou o dia estável, mas subiu 1,44% e fechou em R$ 5,447, o maior valor desde o fim de abril
O dólar voltou a subir em meio a mais um dia de tensões no Brasil e no exterior. Nesta segunda-feira (4), a moeda americana começou o dia estável, mas subiu 1,44% e fechou em R$ 5,447, o maior valor desde o fim de abril.
O dia também foi tenso na Bolsa de Valores. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 110.393 pontos, com forte recuo de 2,22%. O indicador operou o dia inteiro em queda e, com os resultados desta segunda, está no menor nível desde o dia 20 de setembro.
Diversos fatores foram responsáveis pelo dia tenso no mercado internacional. Nos EUA, um dos presidentes regionais do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) afirmou que a inflação nos Estados Unidos pode permanecer alta mais tempo que o esperado. A notícia aumentou a expectativa de que os juros norte-americanos sejam aumentados mais cedo do que o esperado.
Na China, a tensão foi causada mais uma vez pela imobiliária Evergrande. A empresa teve as ações suspensas na Bolsa de Hong Kong e afirmou que pretende vender uma subsidiária avaliada em US$ 5 bilhões para evitar novos calotes.
Outro fator internacional que gerou tensão no mercado foi a queda dos sistemas do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, o que impactou as ações das empresas de tecnologia.
No Brasil, investidores temem o impacto da prorrogação do auxílio emergencial nas contas públicas, o que acabou pressionando as negociações. Além disso, o mercado analisa a repercussão de que que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tinham empresas em paraísos fiscais após assumirem cargos públicos.