Dólar sobe mais uma vez devido a apreensão do mercado com China e com a inflação no Brasil

O dólar voltou a subir nesta sexta-feira (24), reflexo das preocupações do mercado com uma possível crise na economia chinesa e da alta da inflação no Brasil. A tensão também foi sentida na Bolsa de Valores, que operou em baixa depois de três dias seguidos de alta.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,344, com alta de R$ 0,034 (+0,64%). A cotação operou em alta durante toda a sessão e fechou no maior nível desde 23 de agosto (R$ 5,382). A divisa subiu 1,17% na semana e acumula valorização de 3,32% em setembro e de 2,99% em 2021.

Já o índice Ibovespa da B3 fechou aos 113.283 pontos, com recuo de 0,69%. Apesar da queda, a semana fechou em alta de 1,65%, depois de três semanas de queda.

Crise na China e no Brasil

O mercado financeiro global voltou suas atenções para a China depois que a incorporadora Evergrande não pagou US$ 83,5 milhões em títulos que venceriam nesta sexta-feira e foi à falência. A preocupação com um eventual colapso chinês também atinge países emergentes como o Brasil por causa das exportações de commodities.

No Brasil a apreensão do mercado é com a alta da inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a inflação subiu 1,14% em setembro e acumula 10,05% em 12 meses. Esses números aumentam a pressão para que o Banco Central volte a aumentar a taxa Selic nas próximas reuniões do Copom. Nesta quarta-feira, a taxa básica de juros foi elevada em um ponto percentual e chegou a 6,25% ao ano.