Dona de salão nos EUA é acusada de infectar clientes com HIV
Ela foi indiciada na última semana por mais de 20 acusações criminais
A dona de um salão nos Estados Unidos está sendo acusada de infectar seus clientes com o vírus HIV durante um procedimento chamado “lifting de vampiro”. De acordo com a People, Maria Ramos de Ruiz, de 59, é ex-proprietária do VIP Beauty Salon and Spa, em Novo México, e foi indiciada na última semana por mais de 20 acusações criminais, incluindo extorsão, sonegação de impostos, fraude e prática de medicina sem licença.
Segundo uma das investigações, que começou em 2019, “pelo menos duas clientes do salão contraíram o HIV” após receberem “tratamentos faciais de vampiro”. O procedimento implica na retirada e reinserção do sangue de um paciente no rosto, por meio de micro agulhas. O processo tem como objetivo o rejuvenescimento da pele e já foi utilizado por diferentes celebridades como Kim Kardashian e Luciana Gimenez.
Em comunicado enviado a imprensa, o Departamento de Saúde do Novo México explicou que recebeu a notícia de que uma pessoa sem “fatores de risco” contraiu o HIV após fazer um tratamento no salão. O estabelecimento foi inspecionado no mês seguinte.
Os inspetores afirmaram que encontraram “inúmeras violações do código de saúde e práticas inseguras de controle de infecção, incluindo agulhas desembrulhadas, sangue sendo despejado na pia da cozinha e seringas sem rótulo ao lado da comida na geladeira”.
A investigação ainda revelou “prescrição estrangeira e americana, drogas ‘perigosas’ e produtos médicos que exigiam um pedido de um médico licenciado”. Os inspetores alegaram que o aparelho usado para extrair o sangue dos clientes e devolvê-lo à pele não foi adequadamente limpo ou desinfetado entre os usos.
Eles ainda alegam que Ramos de Ruiz exibiu diplomas e certificados educacionais falsos dentro do salão, dizendo que ela foi treinada para realizar procedimentos de Botox e “lifting de vampiro”. Ainda que ela tivesse uma licença de cosmetologia, o certificado havia expirado em 2013. .
A dona do salão foi condenada a suspender os procedimentos no final de 2018, e em fevereiro do ano seguinte, uma segunda pessoa também reportou que havia sido contaminada com o vírus. De acordo com as autoridades locais, 137 clientes receberam “serviços não licenciados e fraudulentos” do salão.