Em mensagem de Natal, papa Francisco pede que países compartilhem vacinas
"Possa o Filho de Deus renovar o espírito de cooperação internacional nos líderes de governo, começando com a saúde" disse
Em sua mensagem de Natal proferida nesta sexta-feira (15), o papa Francisco pediu que os países compartilhem as vacinas para a Covid-19. O discurso “urbi et orbi” (para a cidade e o mundo) é um tradicional pronunciamento feito pelo pontífice todos os anos na data em que é celebrado o nascimento de Jesus.
Este ano, contudo, o discurso foi feito de maneira virtual, de dentro do Vaticano, em vez de falar na sacada central da Basílica de São Pedro.
Na fala, o pontífice mencionou o nacionalismo das vacinas e disse que muros não podem ser erguidos para parar uma pandemia que desconhece fronteiras.
“Possa o Filho de Deus renovar o espírito de cooperação internacional nos líderes de governo, começando com a saúde, de modo que todos tenham acesso garantido a vacinas e tratamento. Face a um desafio que não conhece fronteiras, não podemos erguer muros. Nós todos estamos no mesmo barco”, disse o papa.
“Neste momento da história, marcado pela crise ecológica e pelas graves desigualdades econômicas e sociais só piorados pela pandemia, é muito mais importante para nós reconhecermos os outros como irmãos e irmãs”, afirmou na mensagem de natal.
Papa Francisco defende leis para união civil entre casais do mesmo sexo
O Papa Francisco manifestou apoio à criação de leis a garantir a união civil de casais do mesmo sexo, segundo a Agência de Notícias Católica. A declaração foi feita no documentário “Francesco”, exibido na capital italiana nesta quarta-feira como parte do Festival de Cinema de Roma. É o gesto mais enfático de Francisco aos direitos LGBTI desde sua ascensão ao Papado, em 2013.
Na produção, de acordo com a agência, o Papa defende que casais do mesmo sexo devem ter o direito garantido por lei. A Igreja Católica é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas o Pontífice fez diferentes acenos à inclusão de homossexuais na sociedade.
As declarações representam um ponto de virada em relação ao posicionamento de seus antecessores, incluindo o Papa Emérito Bento XVI, recluso no Vaticano.
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