Posicionamento

Empresários pedem fim da greve dos caminhoneiros

Presidente da Adial Brasil, José Alves Filho, argumenta que prejuízos são incalculáveis para a economia nacional e quem irá pagar a conta é a população

A continuidade do movimento grevista dos caminhoneiros mesmo após o governo federal anunciar a redução do preço do diesel na noite deste domingo (27) é vista com preocupação pelo dirigente da Associação Brasileira Pró-Desenvolvimento Regional Sustentável (Adial Brasil). Segundo o presidente da entidade, José Alves Filho, a situação já chegou ao limite e não há mais motivo para a paralisação continuar.

“O governo federal já fez um esforço hercúleo para aprovar o que os caminhoneiros estão solicitando, o governo se reposicionou, mas o orçamento do governo não é elástico, tem limitação. Eles já foram atendidos, e estão perdendo apoio porque não estão cumprindo com o combinado. Hoje vamos começar a cobrar uma posição mais clara do governo”, adianta o empresário.

Alves Filho ressalta que a manifestação dos caminhoneiros é compreensível, mas a categoria não cumpriu o acordo feito ontem com o governo e decidiu continuar com o protesto, o que gerou revolta dos empresários da entidade. “A continuidade dessa greve é anarquia, isso não é mais protesto! E se enganam aqueles que acreditam que se somar com esse movimento o país vai melhorar, não vai! Vai piorar ainda mais, o prejuízo vai ser maior ainda, até o prejuizo doméstico, porque já tem residência que não tem mais gás para cozinhar”, frisa.

Os oito dias de paralisação, segundo o presidente da Adial Brasil, já provocaram uma queda da produção de cerca de 30% no setor industrial e, caso o protesto continue, os prejuízos podem ser ainda mais altos e quem irá pagar a conta serão os empresários e o trabalhador. “Isso vai comprometer os empresários e o salário de muitos pais de família, fora o prejuízo no setor agropecuário, que é incalculável. Nenhum país vai pagar a conta do Brasil, a gente tem que olhar no espelho e ver quem vai pagar a conta somos nós mesmos, isso vai sair dos bolsos dos consumidores, dos empresários, não tem milagre,” conclui.