Estupros viram arma de guerra em conflito no Tigré, diz ONG
Anistia Internacional denuncia abusos cometidos por tropas da Etiópia e da Eritreia
Tropas da Etiópia e da Eritreia, no nordeste da África, estupraram centenas de mulheres e meninas na região sob conflito do Tigré, forçando algumas vítimas à escravidão sexual e mutilação, de acordo com um relatório da Anistia Internacional divulgado nesta quarta-feira (11).
O relatório, elaborado a partir de entrevistas com 63 vítimas, documenta abusos para os quais uma investigação foi aberta pelas autoridades etíopes, com pelo menos três soldados condenados por estupro e 25 outros processados por violência sexual e estupro.
Algumas sobreviventes disseram que foram violadas em grupo enquanto eram mantidas prisioneiras por semanas. Outras sofreram os abusos na frente de familiares e algumas disseram que tiveram objetos, como pregos e pedras, introduzidos em suas vaginas, “causando graves lesões, algumas possivelmente irreversíveis”, de acordo com a ONG.