Falta de gás afeta comércio em Goiânia

O comércio goiano tem sentido os reflexos da greve dos caminhoneiros, movimento que começou na segunda-feira (21) e paralisou as rodovias de todo o país. Além da alta dos preços, os empresários também estão sofrendo com a falta de mantimentos e até de gás de cozinha.

Maristela Bispo, de 26 anos, é empresária e tem uma loja do ramo de doces.  Desde sexta-feira (25) ela tem enfrentado problemas com abastecimento de gás e, consequentemente, prejuízo nas entregas das encomendas. Devido a falta do gás, a empresária deixou de entregar uma encomeda de doces na sexta-feira e teve um prejuízo de R$1,2 mil.

“Eu já liguei em mais de 25 distribuidoras de gás aqui em Goiânia e em todos os lugares eles me informaram que está aguardando a chegada dos botijões para que sejam distribuídos”, conta Maristela.

Para conseguir entregar sua encomeda de sábado (26), a própria cliente teve que fornecer seu botijão para que o serviço fosse finalizado. Além da falta do produto, a empresária conta que os preços subiram de forma abusiva.

“Ontem minha amiga encontrou uma distribuidora com dois botijões a venda e eles cobraram R$126 por cada um. É um absurdo, eles aproveitam a falta do produto e jogam os preços lá em cima”, explica.

O Mais Goiás entrou em contato 10 distribuidoras de gás e apenas uma nos atendeu, contudo, não havia o produto no local e foi informado que a previsão é que o estoque se normalize na quarta-feira (30).

Por conta do problema, alguns condomínios residencias também estão racionando gás. Em um prédio, que fica no Jardim Goiás, moradores receberam uma circular informando que o uso do gás será reduzido em 5%  ao dia para que os moradores não fiquem sem o abastecimento.