FOME E SEDE

Famintos, leões atacam turistas em Namíbia, na África

Idoso de 72 anos eum casal foram atacados pelos felinos

Famintos, leões atacam turistas em Namíbia, na África (Foto: Reprodução/Pixabay)

A seca em Namíbia, na África, provoca escassez de alimentos a animais selvagens como os leões, que tem investido contra turistas. Um homem de 72 anos foi atacado e precisou levar 20 pontos em 22 de abril. No dia seguinte, um casal de turistas também foi “abordado” pelos felinos, de acordo com informações divulgadas pelo Daily Star.

Helge Denker contou que ele e sua esposa Irene estavam se acomodando para passar a noite em um acampamento no noroeste quando avistaram o que pensaram ser uma hiena se aproximando. Eles gritaram por ajuda quando o animal chegou mais perto “com um rosnado arrepiante”, mas conseguiram afugentá-lo momentaneamente.

Mas Denker logo foi forçado a pegar seu revólver quando o predador faminto retornou e se aproximou da entrada da barraca. “(Ele) bateu com força contra a tenda, deslocando um mastro e uma estaca e inclinando a tenda para dentro, onde estávamos.” O homem disparou e conseguiu se abrigar em um carro, enquanto o animal deixava o local assustado.

Quando retornaram ao acampamento, encontraram o “leão magro no topo de sua tenda mastigando e arranhando a tela”, contou Denker.

O homem atacado no dia anterior é pai dele e contou que podia ver “as costelas e espinha dorsal do leão”, observou o idoso. “É uma pena que eles estão enlouquecendo de fome”.

Ataques de leões são raros na região

Ataques de leões em humanos são raros na região, mas existe a preocupação de que a falta de comida e água em seu habitat desértico faça com que ocorram mais incidentes. “Esse comportamento é motivado pelo desespero absoluto porque os animais não têm nada para comer. Não queremos que nada aconteça aos nossos turistas”, disse Romeo Muyunda, do Ministério do Meio Ambiente e Turismo.

O leão envolvido nos ataques na árida região de Kunene foi transferido com três outros felinos desnutridos para uma fazenda particular onde há presas para caçar. “Eles vão ficar lá até que as suas condições melhorem”, complementou Muyunda.

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