APÓS DÉCADAS

Ferrovia Norte-Sul termina trecho de Ouro Verde a Goianira e chega a 2,2 mil km

"Tendência é que vejamos uma atração de investimentos, que resultará em ganho de escala na oferta de produtos, mais oportunidades de emprego e maior participação econômica de estados como Goiás"

Com a conclusão do trecho Ouro Verde a Goianira, na quinta (25), a Ferrovia Norte-Sul tem, após mais de três décadas, 2,2 mil km interligados que atravessam as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Desde a data estão conectados todos os trilhos que ligam o Porto de Itaqui (MA) ao Porto de Santos (SP).

Foram 36 anos desde o início das obras. O trecho final, entre Goianira e Ouro Verde, era de cerca de 50 km. Em nota ao Mais Goiás, a concessionária Rumo Logística, responsável por cerca de 1,5 mil km do ferrovia, informou que, “a partir deste momento, Estados como Goiás e Tocantins (…) passam a ter uma conexão facilitada e sustentável com a solução de escoamento mais eficiente do Brasil, que é o Porto de Santos (SP)”.

Segundo a companhia, “a tendência é que vejamos uma atração de investimentos, que resultará em ganho de escala na oferta de produtos, mais oportunidades de emprego e maior participação econômica de estados como Goiás”.

Sobre o início das operações, a Rumo explica que há uma etapa de homologação junto ao órgão regulador para que sejam autorizadas. Futuramente, ocorrerá a construção de terminais de carga no lado norte da ferrovia.

“Em breve, teremos ainda em Rio Verde um outro terminal para líquidos, enviando etanol para Paulínia (SP) e com os trens voltando carregados com diesel e gasolina. Além disso, em conjunto com parceiros da iniciativa privada, temos conversas avançadas para a construção de novos terminais nas regiões de Anápolis, Vale de São Patrício, Sul do Tocantins e norte de Goiás, que devem viabilizar o transporte ferroviário de cargas de diversos setores produtivos”, confirma a nota.

Nota da Rumo Logística

“A Ferrovia Norte-Sul representa um sonho antigo para a infraestrutura logística brasileira, principalmente quando olhamos para a Malha Central que acaba de ter as obras concluídas. A partir deste momento, estados como Goiás e Tocantins, dos poucos a não terem fronteira com outros países ou com o mar e com regiões consideradas subaproveitadas do ponto de vista de falta de soluções logísticas para o escoamento de suas produções, passam a ter uma conexão facilitada e sustentável com a solução de escoamento mais eficiente do Brasil, que é o Porto de Santos (SP). Agora, com a conclusão das obras, há uma etapa de homologação junto ao órgão regulador para que sejam autorizadas as operações.

Quando olhamos para a importância da ferrovia como indutor de desenvolvimento econômico, entendemos a importância que a Malha Central tem ao oferecer ao mercado do Centro-Oeste uma opção mais competitiva de transporte. A tendência é que vejamos uma atração de investimentos, que resultará em ganho de escala na oferta de produtos, mais oportunidades de emprego e maior participação econômica de estados como Goiás.

Inclusive, Goiás ainda pode se beneficiar muito mais do potencial da ferrovia, em razão da diversidade de setores com forte desenvolvimento. Em breve, teremos ainda em Rio Verde um outro terminal para líquidos, enviando etanol para Paulínia (SP) e com os trens voltando carregados com diesel e gasolina. Além disso, em conjunto com parceiros da iniciativa privada, temos conversas avançadas para a construção de novos terminais nas regiões de Anápolis, Vale de São Patrício, Sul do Tocantins e norte de Goiás, que devem viabilizar o transporte ferroviário de cargas de diversos setores produtivos. Estamos dessa forma contribuindo com uma nova opção logística para trazer competitividade para todas as cadeias atendidas por nossos terminais.”