Franceses recordam um ano do incêndio da Catedral de Notre-Dame com promessa de reconstrução em cinco anos
Presidente Emmanuel Macron enfatizou que esse drama não é esquecido, apesar de "nossos dias, nossos pensamentos, nossas vidas estarem monopolizados" pela crise do coronavírus
Em um vídeo postado no site do Palácio do Eliseu para marcar o primeiro aniversário do incêndio na Catedral de Notre-Dame de Paris, ocorrido em 15 de abril de 2019, o presidente Emmanuel Macron enfatizou que esse drama não é esquecido, apesar de “nossos dias, nossos pensamentos, nossas vidas estarem monopolizados” pela crise do coronavírus. Macron reiterou a promessa de que tudo será feito para reconstruir a jóia de estilo gótico, inscrita no Patrimônio Mundial da Unesco, no prazo de cinco anos.
Em um vídeo postado no site do Palácio do Eliseu para marcar o primeiro aniversário do incêndio na Catedral de Notre-Dame de Paris, ocorrido em 15 de abril de 2019, o presidente Emmanuel Macron enfatizou que esse drama não é esquecido, apesar de “nossos dias, nossos pensamentos, nossas vidas estarem monopolizados” pela crise do coronavírus. Macron reiterou a promessa de que tudo será feito para reconstruir a jóia de estilo gótico, inscrita no Patrimônio Mundial da Unesco, no prazo de cinco anos.
As obras na Catedral inaugurada em 1272 estão paralisadas desde 16 de março, quando o governo decretou a quarentena para combater a epidemia do novo coronavírus. As autoridades não quiseram colocar em risco a equipe de profissionais que atuam no canteiro de obras – arquitetos, montadores de estruturas tubulares, operadores de guindastes, ebanistas, eletricistas -, selecionados entre os melhores do país.
A restauração propriamente dita ainda não começou. O projeto tem seis etapas previstas, mas Notre-Dame ainda se encontra em uma fase considerada de “emergência absoluta”, de estabilização do edifício, um ano após o incêndio. A catástrofe mobilizou arquitetos de várias nacionalidades, que ofereceram ao governo francês projetos de renovação do monumento histórico, um dos mais visitados no mundo.
Em sua mensagem, Macron agradeceu novamente a “todos os que, ontem, o salvaram e a todos os que, hoje, o reconstroem”. O chefe de Estado rebateu as críticas daqueles que apontaram os riscos de uma reforma acelerada, em um monumento de quase 750 anos de idade fragilizado pelas chamas. “Não acredito que a atitude de esperar para ver seja uma resposta ao desafio da época”, disse o presidente. Segundo ele, é necessário “estabelecer objetivos voluntaristas”, mobilizar as forças para alcançá-los, de modo a “estar à altura das grandes construções que fizeram nossa história”.
“Se a restauração de Notre-Dame é importante para todos nós, é indubitavelmente também porque é um símbolo da resiliência de nosso povo, de sua capacidade de superar dificuldades e se recuperar”, acrescenta o presidente. “Equipes de resgate, doadores e construtores pavimentaram o caminho para que venham dias melhores, nos quais os franceses poderão reencontrar a alegria de estar juntos, e onde a flecha de Notre-Dame mais uma vez se erguerá em direção ao céu”, concluiu Macron.
O primeiro aniversário do incêndio da igreja será celebrado de maneira sóbria. O sino “Emmanuel” da torre sul de Notre-Dame tocará na noite desta quarta-feira, às 20h no horário de Paris (15h em Brasília), para recordar o início do trágico incêndio. Este é o único evento planejado no local.