REAJUSTE

Gasolina sobe até R$ 0,65 em Goiás, mais de R$ 0,30 acima do esperado

Com desoneração de R$ 0,47 e redução da Petrobras R$ 0,13, aumento deveria ser de R$ 0,34; distribuidoras, contudo, apresentaram reajuste maior, aponta Sindiposto

Gasolina sobe quase 5% na primeira quinzena de julho, em Goiás (Foto: Jucimar de Sousa)

As distribuidoras elevaram o preço do litro da gasolina em até R$ 0,65, chegando até R$ 5,89 nos postos de combustível da capital. O esperado, contudo, era um reajuste de cerca de R$ 0,34.

Isto, porque o governo federal finalizou a desoneração dos impostos federais sobre os combustíveis na quarta (1º/3). Com isso, a gasolina teria acréscimo de R$ 0,47 e o etanol de R$ 0,02. Contudo, a Petrobras reduziu o preço da primeira em R$ 0,13 para compensar – ou seja, a diferença seria R$ 0,34.

A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás, Márcio Andrade. De acordo com ele, o preço mais alto que viu na capital foi de R$ 5,89 para a gasolina.

Questionado sobre os reajustes, ele afirma que as distribuidoras não justificam. “Simplesmente põem o preço”, diz e completa: “No dia 1º os postos foram surpreendidos com aumentos maiores que os previstos. A surpresa que os consumidores têm nos postos é por causa das distribuidoras.”

Ainda segundo ele, as distribuidoras já aumentavam os preços mesmo antes do fim da desoneração. A motivação seria o aumento de demanda por combustíveis, uma vez que os impostos voltariam a ser cobrados.

Márcio cita que, no caso do etanol, foram R$ 0,08 no litro entre 27 e 28 de fevereiro, e mais R$ 0,12 na quarta, ou seja, R$ 0,20 no total: lembrando que o previsto era R$ 0,02 – isso, em uma distribuidora. Na capital, o valor chegou a R$ 4,29. Andrade cita que a culpa acaba caindo na revenda, ou seja, nos postos, que são o elo mais próximo do consumidor. Ele ressalta, contudo, que o preço é livre, e que deve haver variação entre os estabelecimentos.