*Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo
Gasolina passa de R$ 4,30 em Goiânia; Sindiposto indica que valor deve cair
O preço da gasolina superou o valor de R$ 4,30 em Goiânia, após último reajuste…
O preço da gasolina superou o valor de R$ 4,30 em Goiânia, após último reajuste feito pela Petrobrás nesta quarta-feira (25). No entanto, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto) sinaliza que preço dos combustíveis deve cair até fim da semana.
O reajuste realizado pela Petrobrás aumenta o preço da gasolina em 1,7% e diminui o do etanol em 0,3%. O advogado do Sindiposto e analista de mercado, Antônio Carlos de Lima, explica que as alterações feitas pela empresa são nocivas ao consumidor. “Apenas em setembro os mais de 20 reajustes feitos pela Petrobrás somaram 3,8% ao valor da gasolina e 8,4% ao do diesel”, conta.
Apesar do aumento no preço dos combustíveis, Antônio prevê uma queda nesse valor. A baixa, segundo o advogado, é resultado da diminuição do lucro bruto dos revendedores de combustível. “Os donos de posto tem que diminuir o valor dos combustíveis para conseguir criar um caixa usado para efetuar o pagamento dos frentistas e valores tributários”, pontua.
Antônio acredita que, como as taxas devem ser pagas até o dia 5 de novembro, os preços dos combustíveis comecem a cair até o final desta semana. O representante do Sindiposto afirmou que os valores da gasolina variaram entre R$ 3,92 a R$ 4,30, contudo, o Mais Goiás encontrou postos comercializando o produto a R$ 4,39.
Prejuízo para o consumidor
A enfermeira Andreia Aragão enxerga o aumento como um fator que altera a dinâmica da casa, uma vez que o carro é necessário para ir para o trabalho, levar as crianças para a escola, dentre outras atividades cotidianas. Ela conta que não enche mais o tanque, abastece, no máximo, R$ 100 por vez e que vê a alta de valores como absurda.
A realidade de Andreia não é exceção. O frentista Igor Neres explica que no posto em que trabalha as vendas diminuíram 50%. Além disso, os motoristas abastecem apenas pequenas quantias. “Nós vendíamos R$ 20 mil em um período do dia, hoje quando chega a R$ 10 mil o dia inteiro é muito”.
O Sindiposto estima que, apenas em outubro, cerca de 15 reajustes já tenham sido feitos pela Petrobrás e que a empresa leva dois critérios em conta no momento de mudar os preços: o valor do dólar e o preço do petróleo no mercado internacional.
Antônio Carlos explica que quando o valor da gasolina passa de R$ 4,00, os consumidores param de abastecer e deixam o carro em casa. Andreia conta que já cogitou a ideia de voltar a usar ônibus, uma vez que mesmo abastecendo com álcool, encher o tanque tem causado prejuízo.