Goiânia registra nova alta nos preços de combustíveis

Goiânia registrou, nesta semana, mais uma alta nos preços de combustíveis. A justificativa, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleos de Goiás (Sindiposto), é o aumento do preço repassado pelas distribuidoras desde novembro. Maior alta é sentida no valor do etanol que tem sido vendido por R$ 3,67 em alguns postos de combustíveis e tem “assustado” os consumidores. Gasolina chega a R$ 4,89.

O presidente do Sindiposto, Márcio Andrade, explica que, desde o final do ano passado, as distribuidoras têm repassado os combustíveis com preço maior. “Há uns 10 dias Goiânia já havia registrado um aumento. Agora, o motivo é o mesmo: preço mais alto nas distribuidoras, principalmente no valor do etanol, o que acaba refletindo nas bombas para a população”, disse.

Outro motivo para a alta do etanol apontado pelo representante do sindicato é o período de entressafra, que teve início em novembro e deve se encerrar entre o final de março e início de abril. “É o período em que para a produção e passa a utilizar o estoque. É neste momento que os preços começam a subir. A entressafra dura, geralmente, até o início de abril, mas pode variar em razão da chuva e clima”.

Variações

Márcio explica que, como os preços são livres, os empresários têm autonomia para aplicar os preços que acham pertinente. O resultado disso são grandes variações entre um posto e outro. O Mais Goiás apurou, por exemplo, que o custo do etanol em um estabelecimento no Setor Bueno é de R$ 3,67. No Jardim Presidente, o valor cobrado é de R$ 3,69, enquanto em um posto de combustível na Vila Mutirão o etanol é encontrado por R$ 3,14.

Já o valor da gasolina tem sido praticado entre R$ 4,60 e R$ 4, 89. A reportagem apurou que enquanto um posto de combustíveis no Setor Jardins Madri cobra R$ 4,87 pela gasolina, um posto no Conjunto Vera Cruz o valor cobrado é de R$ 4,63.

De acordo com o presidente do Sindiposto, alguns postos aplicaram o aumento agora pois mantiveram o preço durante boa parte do mês de janeiro. “Tem muitos empresários que preferiram aumentar agora, no período de fim de férias, porque janeiro é um mês difícil, não vende. Historicamente é um mês que tem promoção. Esse ano muitos não fizeram promoção, mas também não teve aumento. Só agora é que alguns decidiram colocar o aumento das distribuidoras nas bombas”.

Márcio ressalta que o Sindiposto não possui influência sobre os preços. “É importante fazer essa separação porque há certa confusão. Muitas pessoas acham que o sindicato determina os valores, mas não é. O sindicato é proibido de influenciar na decisão tanto para cima quanto para baixo. Nós só analisamos o cenário e divulgamos para a população”, salientou.