IPCA/INPC

Goiânia tem maior inflação do País em novembro, diz IBGE

Energia e alimentos puxaram a variação. "Com a energia mais cara, temos a possibilidade de aumento de toda a cadeia, principalmente nas proximidades do Natal", diz economista

Goiânia teve a maior inflação do País (1,41%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro. O impacto foi causado, principalmente, pela variação positiva das carnes (9,11%) e energia elétrica (3,69%).

No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,89%, 0,03 pontos percentuais acima da taxa de outubro (0,86%). De acordo com o IBGE, trata-se da maior variação para um mês de novembro desde 2015, quando o IPCA foi de 1,01%.

O IPCA “se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília”.

IPCA (Imagem: IBGE)

INPC

No Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro, a alta nacional foi de 0,95%. Goiânia, com 1,40%, também foi a capital com maior resultado. Os dados também se deram por causa das altas observadas nas carnes (9,43%) e na energia elétrica (3,78%).

O INPC, informa o IBGE, diz respeito às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC (Imagem: IBGE)

Na prática

Professora de pós-graduação, mestre e doutora em Economia, a economista Andreia Magalhães explicou ao Mais Goiás o que significa Goiânia ter a maior variação de IPCA e INPC. “Com a energia mais cara, temos a possibilidade de aumento de toda a cadeia, principalmente nas proximidades do Natal.”

Ela lembra que, além do home office, as pessoas têm passado, também, mais tempo em casa por causa da quarentena. “Da mesma forma, as pessoas consumirão mais bebidas em casa por causa da proibição parcial em bares”, continua.

Para Andreia, outro ponto importante a citar é que a renda média em Goiás não é alta. E com esses aumentos, estas variações podem subtrair substancialmente as receitas dos goianos.