REFERÊNCIA

Goiás pode se tornar principal polo industrial aeronáutico, prevê empresário

Prefeito de Aparecida, onde Antares está instalado, também prevê desenvolvimento da cidade e, especialmente, na economia

Diretor comercial do Antares Polo Aeronáutico em Aparecida de Goiânia, Rodrigo Neiva acredita que Goiás se tornará o principal e maior polo industrial aeronáutico do País. Hoje a posição é de São Paulo, que abriga mais de 100 instalações para a fabricação de aviões e responde por 73% das unidades produzidas no Brasil, segundo dados da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).

Ele argumenta que Goiás é um estado estrategicamente localizado no centro do País e que já é o terceiro  maior polo de manutenção de aeronaves do Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag). O Antares deve iniciar as primeiras operações até o fim de 2024. Entre outras coisas, o local vai disponibilizar áreas para abrigar indústrias de aviação, sejam para fabricar peças, acessórios e montagem de aeronaves.

“Temos sim terrenos preparados para abrigar fabricantes de aviões e outros tipos de aeronaves e, inclusive, já fomos sondados por algumas empresas do setor”, revela Rodrigo Neiva. Segundo ele, nesta primeira fase, a área mínima comercializada no Antares é de 1.000 m2, mas dependendo da necessidade da empresa há disponibilidade de áreas de até 100 mil m2 ou mais. “Temos terrenos para atender seja qual for a demanda operacional.”

Ao Mais Goiás, o prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (MDB), diz estar otimista com o polo. “O complexo aeronáutico vai, com certeza, alavancar a economia e o desenvolvimento da cidade, atrair ainda mais indústrias e gerar milhares de empregos para as famílias aparecidenses”, declarou.

Ainda segundo ele, a expectativa é grande no município. “Nós de Aparecida estamos ansiosos para ver todo o complexo pronto e em ver o primeiro avião aterrissar no novo aeroporto executivo da cidade. É uma obra muito almejada por todos nós que amamos Aparecida.”

Antares

Capitaneado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações, o Antares será edificado numa área de 209 hectares. Os investimentos na primeira fase de construção são de cerca de R$ 100 milhões. A previsão é que a pista tenha 1,8 mil metros e receba todos os modelos de aviação em geral.

Vale citar, o projeto precisou de aproximadamente dez anos para cumprir todas as suas etapas de aprovação, tanto no que diz respeito ao cumprimento das legislações ambientais e de uso do solo, quanto junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A ideia é que o Antares Polo Aeronáutico atraia empresas de todos ramos da aviação como táxi aéreo, serviços aeromédicos, manutenção de aeronaves, hangaragem, cargas aéreas e outros negócios correlacionados.

“Goiás na sua centralidade em relação ao Brasil é um estado que possui muitas especificações para atender a todos os serviços e infraestruturas ligadas à aviação. Nessa área de manutenção de aeronaves, por exemplo, temos aqui muitas empresas com certificação nacional e internacional, e temos aqui uma mão de obra extremamente qualificada para esse mercado”, afirma Neiva.