Goiás precisa qualificar mais de 309 mil trabalhadores até 2025, aponta CNI
Por nível de capacitação seriam 180.904 qualificações em cursos de menos de 200h; 68.475 em cursos com mais de 200h; 41.059 na área técnica; e 19.420 na superior
Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, para dar conta da demanda do parque industrial instalado no Estado, Goiás precisa qualificar mais de 309 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025. Para ser mais preciso, 309.858.
Ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial. Estas, contudo, também estão presentes em outros setores da economia.
Serão necessários 180.904 trabalhadores qualificados em cursos de menos de 200h; 68.475 em cursos com mais de 200h; 41.059 na área técnica; e 19.420 na superior.
Ainda conforme o levantamento, a demanda será por 246 mil funcionários com formação continuada, ou seja: trabalhadores já ocupados, mas que devem se atualizar (o que representa 79% de toda a necessidade a ser atendida); e outras 63 mil em formação inicial. Estas últimas serão para repor inativos e preencher novas vagas.
Maiores demandas
A CNI também apontou as áreas com maiores demandas. São elas: transversais, 60.722; metalmecânica, 48.837; logística e transporte, 44.111; alimentos e bebidas, 38.041; construção, 35.331; têxtil e vestuário, 18.780; automotiva, 11.248; química e materiais, 7.621; tecnologia da informação, 7.448; e gestão, 7.099.
O levantamento faz ainda divisão de áreas por capacitação. Para nível superior (carga horária de 2,4 mil a 7,2 mil horas), as demandas são de analistas de tecnologia da informação; gerentes de comercialização, marketing e comunicação; e outras.
Em relação aos técnicos (de 800h a 1,2 mil horas), as demandas são por técnicos de controle de produção, em eletrônica, segurança do trabalho, etc. No caso de qualificação acima das 200h, mecânicos diversos, padeiros, operadores de máquinas para costura de peças do vestuário, etc. Por fim, no segmento de capacitados com menos de 200h, motoristas de veículos de carga em geral, ajudantes de obras civis, alimentadores de linhas de produção e mais.
“Estamos diante de um cenário de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), reformas estruturais paradas, como a tributária, eleições e altos índices de desemprego e informalidade. Nesse contexto, o Mapa surge para que possamos entender as transformações do mercado de trabalho e incentivar as pessoas a buscarem qualificação onde haverá emprego. E essa qualificação será recorrente ao longo da trajetória profissional. Quem parar de estudar, vai ficar para trás”, destaca o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi.
Brasil
No Brasil, segundo apurado pela CNI, com base no Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025 em estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, a demanda é de 9,6 milhões destes trabalhadores.
Confira a pesquisa na íntegra AQUI.