Indústria

Goiás terá a primeira fábrica de motos elétricas do País

Planta será instalada em Goianésia e deve gerar 250 empregos diretos para a produção de motos, carros e furgões. Investimentos serão de R$ 240 milhões

Com investimentos fixos de R$ 240 milhões, no prazo de cinco anos até a instalação total, e proposta de geração de 250 empregos diretos em Goianésia, a indústria Electro Motors do Brasil vai entregar ao mercado brasileiro, no próximo dia 20, o primeiro de quatro modelos de moto elétrica nacional, um veículo totalmente produzido em Goiás.

Será o primeiro projeto automotivo desta primeira fase de implantação da planta industrial, que totalizará quatro modelos de motos, dois modelos de scooters e dois modelos de bicicletas, todos movidos à eletricidade. Nas próximas etapas vão produzir também dois modelos de veículos furgões (utilitários) e dois modelos de automóveis, estes programados para chegarem ao mercado em 2019.

“Começamos com projeto para desenvolver oito modelos de veículos totalmente movidos a energia limpa, a eletricidade, cuja produção inicial será de mil unidades ao mês”, adiantou o empresário Carlos Eduardo Barbosa Pinto, que se associou a outro empresário, Wander Barcellos Belizario e juntos vão desenvolver projetos da chinesa Zotye Motors de motos, bicicletas.

O projeto industrial de enquadramento no programa estadual Produzir, de incentivos fiscais, foi aprovado na reunião ordinária desta terça-feira, dia 12, presidida pelo secretário de Desenvolvimento Leandro Ribeiro, que é presidente do Conselho Deliberativo dos programas Produzir/Fomentar. O empresário declarou a importância dos incentivos fiscais recebidos do programa Produzir, do Governo do Estado, e também incentivos da prefeitura de Goianésia.

“Eles nos ajudam a concretizar nosso projeto empresarial”, disse. Segundo ele, somados os apoios recebidos em Goianésia e também pelo Governo do Estado com os incentivos fiscais, as vantagens da logística e localização do município para a instalação da indústria pesaram muito para os resultados positivos desse projeto”, afirmou Carlos Eduardo.

Ele acrescentou vantagens como o fato de “investirmos num projeto de veículo elétrico, ajuda a fugir da crise. Vamos trabalhar um novo nicho de mercado, uma nova tecnologia e e uma novidade que promete ser a tendência de mercado automotivo, que é o movido a eletricidade. Estamos fazendo planejamento para passar à margem das crises”, finalizou o empresário.

Reunião

Na reunião desta terça-feira, dia 12, foram aprovados pelo Conselho do Produzirinvestimentos que somam R$ 9,1 milhões de oito projetos de indústrias dos ramos de laticínios, transporte e logística, alimentos, bebidas e automobilística, para os municípios de Goianésia, Goiânia, Trindade, Anápolis, Itumbiara, Itauçu e Uruana. A proposta é de geração de cerca de 400 novos empregos diretos nestes projetos.

Os maiores investimentos estão previstos para Itauçu, R$ 3,1 milhões para o Laticínio Formosa. Em Trindade, a Cervejaria Epica vai investir R$ 1,5 milhão, na implantação de nova indústria de bebidas e geração de empregos, e soma-se a estes, o investimento do Laticínio EPP, em Uruana, cujos investimentos diretos chegam a R$ 1,2 milhão.

O secretário Leandro Ribeiro comemorou a chegada de mais indústrias para Goiás, além da ampliação de plantas já instaladas, como o laticínio em Uruana. “Em Goiás respondemos a todos os momentos econômicos com muito trabalho, atraindo investimentos, empresas de primeiro mundo como a nova automobilística de veículos elétricos que começa a operar em Goianésia nos próximos dias. Nada de crise. Mas muitos esforços do Governo e do povo goiano para desenvolver Goiás”, finalizou.