Inadimplência e inflação podem frear as vendas de Natal em Goiás, indica estudo
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás calcula que o gasto médio com cada presente neste ano será de R$ 100, número 18% menor em relação ao de 2021
A incerteza sobre o controle da inflação e a economia do Brasil em 2023 pode desacelerar as vendas no varejo deste Natal em Goiás. A avaliação é da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), que vê com cautela as perspectivas de vendas no comércio varejista neste último mês do ano.
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil aponta que um a cada três trabalhadores pretende usar o 13º salário para fazer compras no Natal. E outro levantamento, também das duas instituições, estima que o tradicional amigo secreto deve movimentar R$ 6,7 bilhões na economia brasileira nestas últimas semanas do ano.
Contudo, a FCDL-GO considera que o consumidor tende a comprar, como faz anualmente, mas investindo menos na aquisição dos presentes. “A começar pela inadimplência, que persiste com altos índices, temos uma incerteza sobre como será o Brasil a partir do ano que vem. E o consumidor, sentindo isso, vai às compras com um comportamento mais conservador”, diz o presidente da instituição, Valdir Ribeiro.
No ano passado, o gasto médio por consumidor em cada presente de Natal foi de R$ 122. Para este ano, a FCDL-GO projeta um valor de R$ 100, número 18% menor em relação ao de 2021. O principal componente para essa projeção menor em 2022 é a inadimplência, que restringe o acesso a crédito.
Além disso, números analisados pelo SPC Brasil indicam que o índice de inadimplência em Goiás subiu 10,13% em outubro, registrando a maior alta dos últimos três meses.