Inflação de agosto em Goiânia é a menor em 7 anos
A inflação de Goiânia do mês de agosto ficou em -0,05%, a menor taxa desde…
A inflação de Goiânia do mês de agosto ficou em -0,05%, a menor taxa desde fevereiro de 2010, e o quarto índice negativo registrado neste ano. A alimentação, principal grupo de peso na formação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da capital, continuou em queda (-1,30%), tendência que se verifica desde abril passado, e praticamente segurou a inflação, apesar de outros dois grupos – habitação (-0,01%) e vestuário (-0,22%) também terem apresentado recuos. A informação é da Gerência de Pesquisas Sistemáticas do Instituto Mauro Borges (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).
No acumulado do ano, a inflação de Goiânia está em 0,33%, índice bem aquém do apurado em igual período de 2016, que ficou em 7,41%. No mês passado, o IPC da Capital variou 0,26%.
Os produtos alimentícios que ficaram com os preços mais baratos em agosto, na comparação com julho, e influenciaram o índice da inflação, foram: feijão carioca (-25,21%), tomate (-35,89%), açúcar (-8,64%), alho (-12,82%), alface (-6,45%), cebola (-4,64%), batata inglesa (-4,31%), queijo mussarela (-6,10%), leite em pó integral (-5,88%), leite longa vida (-2,61%), sorvete (-3,02%). E ainda, laranja pera (-18,95%), melancia (-22,86%), óleo de soja (-1,28%), farinha de trigo (-2,31%), ovos grandes/extras (-3,20%), linguiça toscana (-3,60%), extrato de tomate (-1,81%) e café (-1,73%).
O gerente de Pesquisas Sistemáticas do IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, atribui a queda do índice da inflação, do mês passado, a maior oferta de produtos no mercado, aliado à baixa demanda dos consumidores devido à queda do poder aquisitivo. “Os preços dos alimentos caíram mas em compensação os combustíveis dispararam, no início do mês de agosto, com alta média de 4,23% na gasolina, de 3,35% no etanol e de 3,81% no óleo diesel, fazendo com que o grupo de transportes subisse 1,29%. Desta forma, os consumidores continuam com o orçamento apertado, e em muitas famílias está faltando dinheiro pra bancar as despesas mensais”, disse Marcelo.
Além dos alimentos, também tiveram recuo, no mês passado, o grupo do vestuário (-0,22%), com a diminuição dos preços da camiseta masculina (-1,83%), do conjunto infantil (-4,82%) e do óculos sem grau (-3,08%). O custo da habitação (-0,01%) também ficou mais baixo com a queda de -1,65% da energia elétrica, de -6,00% da esponja de aço e de -1,90% do sabão em barra.
Em alta
Os grupos de saúde e cuidados pessoais teve alta de 1,01%, puxado por consultas médicas (1,70%) e medicamentos (3,00%). As despesas pessoais também ficaram mais caras (0,81%) com o aumento de 6,86% no corte de cabelo masculino, de 0,96% nos serviços de manicure e pedicure. A volta às aulas também puxou para cima os custos da educação (0,75%). E os artigos residenciais subiram 0,17%, enquanto o grupo comunicação ficou estável.
Cesta básica
A queda dos alimentos contribuiu, também, para a redução de -2,90% do custo da cesta básica do goianiense, em agosto, na comparação com julho. No ano o valor já caiu -10,56%, de acordo com o IMB/Segplan. Composta por 12 itens, a cesta teve o preço de R$ 303,59.
Dos 12 itens, oito tiveram queda: carne (-0,27%), leite (-2,61%), feijão (-16,51%), legumes/tubérculos (-12,31%), café (-1,73%), açúcar (-8,64%), margarina (-0,46%) e óleo de soja (-1,28%). O arroz ficou estável enquanto registraram alta as frutas (12,86%), o pão francês (3,85%) e farinha/massa (0,56%).