Inflação registra menor índice dos últimos 11 anos em Goiânia
A inflação do ano de 2017 registrou o menor índice dos últimos 11 anos na…
A inflação do ano de 2017 registrou o menor índice dos últimos 11 anos na capital. Segundo dados do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), o Índice Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia fechou o ano de 2017 em 3,40%, o menor desde 2006, quando ficou em 2,49%.
Embora os preços de alguns produtos tenham disparado no ano passado, como é o caso da energia elétrica (35,89%), do gás de cozinha (21,24%), da gasolina comum (14,55%) e também do aluguel residencial (5,01%), os alimentos tiveram recuo médio de 4,66%. O grupo dos alimentos tem o maior peso na composição do índice inflacionário o que acabou segurando a inflação anual.
Em 2017, apenas o grupo alimentação teve taxa negativa (-4,66%). Os demais que compõem o IPC registraram alta. O recordista foi o grupo da habitação (13,59%), seguido da educação (13,13%), de despesas pessoais (6,34%) e do vestuário (6,30%). Transportes aumentaram 4,09%, saúde e cuidados pessoais subiu 3,84%, despesas pessoais, 3,05% e comunicação registrou alta de 0,69%.
Os dados mostram ainda que a inflação de Goiânia do ano passado (3,40%) ficou muito aquém do índice registrado em 2016, que foi de 7,31%. A cesta básica para o trabalhador goianiense, composta por 12 itens alimentícios, ficou negativa em 12,10%, devido a queda dos preços dos alimentos.
Os alimentos básicos foram os que tiveram as maiores reduções de preços, como feijão (-45,30%), açúcar (-31,79%), arroz (-15,19%), óleo de soja (-13,24%), frango (-9,79%), carne suína – lombo (-8,35%), leite Longa Vida (-7,19%), carne bovina – acém (-6,83%), ovos grandes (-5,85%), macarrão (-5,84%). Além do tomate (-3,52%), alface (-2,76%), banana prata (-32,43%) e até a cerveja (-2,56%).
Dezembro
No último mês do ano de 2017, o IPC variou 0,74%, abaixo da taxa de novembro, que ficou em 1,10%. A inflação de dezembro foi pressionada pelos reajustes ocorridos, principalmente, nos grupos de alimentação, vestuário e habitação. As maiores variações ocorreram na alimentação fora do domicílio (2,35%), devido a pressão dos reajustes de gás de cozinha e energia elétrica, calçados e acessórios (4,77%), energia elétrica (1,75%) e gás de cozinha (1,63%).
No mês passado, o custo da cesta básica de alimentos, para o trabalhador goiano, que ganha um salário mínimo (R$ 937,00), deu uma pequena subida de 0,02%. Para comprar os 12 itens da cesta o custo ficou em R$ 298,36. O aumento foi puxado pelas frutas (3,49%), açúcar (1,60%), café (0,97%), margarina (0,94%), leite (0,71%) e farinha/massas (0,58%).
*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo