Italiano vacinado é infectado com variante brasileira do coronavírus
Nova cepa foi identificada durante exames periódicos realizados em todos os operadores sanitários e analisada pelos institutos de zooprofilaxia experimental de Abruzzo e Molise
Um profissional de saúde do hospital de L’Aquila, na Itália, foi infectado com a variante brasileira do novo coronavírus Sars-CoV-2, mesmo depois de ter recebido a vacina da Pfizer/BioNTech. A nova cepa foi identificada durante exames periódicos realizados em todos os operadores sanitários e analisada pelos institutos de zooprofilaxia experimental de Abruzzo e Molise.
Vale lembrar, no entanto, que as vacinas disponíveis hoje ainda não possuem eficácia comprovada contra as novas variantes e que, mesmo vacinada e sem desenvolver a covid-19, uma pessoa pode pegar o coronavírus e transmitir para outras pessoas.
As autoridades sanitárias da Itália estão fazendo novas avaliações detalhadas, mas acreditam que a vacina pode ter protegido o paciente contra sintomas graves. O profissional é assintomático e está em isolamento domiciliar.
Segundo relatos, ele teria contraído o vírus de sua mãe, após a família registrar um surto com pelo menos seis casos positivos.
Todos não apresentam sintomas. Os médicos de L’Aquila realizam testes para verificar se as pessoas também foram contaminadas com a variante brasileira.
Amanhã está prevista uma reunião com as autoridades de saúde e a prefeita do município, Cinzia Torraco, para debater a situação.
Nos últimos dias, na cidade de oggio Picenze já haviam sido descobertos três casos da cepa brasileira em três brasileiros residentes na região central.
Estudos sobre variantes
Em janeiro, a Pfizer afirmou que um estudo laboratorial mostrou que a vacina era eficaz contra uma mutação-chave, chamada N501Y, encontrada em duas das novas variantes altamente transmissíveis que se espalhavam no Reino Unido e na África do Sul, mas não citava a variante brasileira descoberta em Manaus (AM).
Outro estudo em laboratório, divulgado hoje, leva a crer que a variante sul-africana do coronavírus pode reduzir a proteção de anticorpos da vacina da Pfizer com a BioNTech em dois terços, e não está claro se a vacina será eficaz contra a mutação, disseram as empresas.