AQUISIÇÃO

Itaú conclui compra de corretora no Paraguai

Verbank Securities passará a se chamar Itaú Investe e faz parte da estratégia de consolidação do banco de atacado no país

Itaú conclui compra de corretora no Paraguai

O Itaú Unibanco anunciou oficialmente nesta quinta-feira (30) que concluiu a compra da corretora paraguaia Verbank Securities após a autorização da transação pelo Banco Central do Brasil. Com a aquisição, o banco expande a oferta local de produtos e serviços e mira atuação como banco de atacado no Paraguai.

Como parte do banco, a Verbank Securities passará a se chamar Itaú Investe. O banco não revelou o valor da transação.

Em nota, o Itaú afirmou que o objetivo é tornar-se a maior corretora de valores daquele país, atraindo investidores estrangeiros, criando um mercado secundário de renda fixa e apoiando a atuação da área do banco de investimentos.

“Com a Verbank vimos a oportunidade de conectar as emissões que temos originado com os potenciais compradores, sejam eles investidores institucionais ou pessoas físicas”, afirmou André Gailey, presidente do Itaú Paraguay.

Gailey completou recentemente um ano à frente do banco.

Segundo o executivo, o crescimento sustentável do PIB (Produto Interno Bruto) paraguaio e a baixa volatilidade do câmbio foram fatores que motivaram o lançamento da operação do Itaú BBA no país.

“As empresas paraguaias estão ganhando tamanho e sofisticação”, disse.

A corretora também terá uma plataforma digital para alcançar os investidores pessoas físicas.

CVM

Em 22 de julho, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) solicitou ao banco uma explicação sobre por que a aquisição da corretora não foi considerada fato relevante pela instituição e pediu comentários sobre outras informações que pudessem ser importantes sobre o tema, alertando que o atendimento à solicitação não eximiria o banco de eventual apuração de responsabilidade.

Segundo as normas da CVM, fato relevante é toda decisão do acionista controlador, deliberação da assembleia geral ou dos órgãos de administração da companhia aberta ou qualquer outro ato ou fato que tenha caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro relacionado aos seus negócios ou que possa influenciar na cotação dos ativos da companhia no mercado e/ou na decisão de investidores sobre a compra ou a venda daqueles valores mobiliários.

Em 23 de julho, o Itaú informou, em resposta, que a Verbank Securitie possuía ativos de US$ 424 mil e patrimônio líquido de US$ 413,7 mil, não possuindo clientes ativos no momento da negociação e operando somente com mesa proprietária (investe apenas dinheiro próprio).

“Portanto, o Itaú Unibanco entende não se tratar de fato relevante, tendo em vista que a referida transação é imaterial, que não se enquadra no rol exemplificativo […] da CVM, e que tampouco tem a capacidade de influir de modo ponderável na cotação dos valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou na decisão dos investidores de comprar, vender ou manter aqueles valores mobiliários”, afirmou o banco.

“Por fim, a companhia compromete-se a manter seus acionistas e o mercado informados acerca dos fatos relevantes, em linha com seu compromisso de transparência com os acionistas”, disse em nota.