IMUNIZANTE

Laboratório alemão recomenda aplicação de 3ª dose da vacina da Pfizer

O cofundador do laboratório alemão BioNTech, Ugur Sahin, que desenvolveu uma vacina contra o coronavírus…

O cofundador do laboratório alemão BioNTech, Ugur Sahin, que desenvolveu uma vacina contra o coronavírus com a farmacêutica Pfizer, alertou nesta quarta-feira que a proteção proporcionada pelo imunizante pode enfraquecer com o tempo e sugeriu a aplicação de uma terceira injeção.

De acordo com Sahin, a eficácia da vacina BioNTech-Pfizer diminui de 95% para cerca de 91% após seis meses.

— Por isso, precisamos de uma terceira injeção, para fazer com que a proteção da vacina seja novamente quase 100% — disse Sahin à agência AP.

Os destinatários da vacina recebem atualmente uma segunda dose três semanas após a primeira injeção — em alguns países, o intervalo é mais longo. Sahin sugeriu que a terceira dose seja administrada de nove a 12 meses após a primeira.

— E então imagino que provavelmente será necessário obter outro reforço a cada ano ou talvez a cada 18 meses — acrescentou.

O Brasil receberá nesta quinta-feira o primeiro lote de vacinas da Pfizer — serão, ao todo, 1 milhão de doses. A União Europeia encomendará nos próximos dias 1,8 bilhão de doses do imunizante. Sahin estima que entre 50% e 60% da população do bloco de 27 países poderá ser vacinado até o final de julho, permitindo o alívio de algumas restrições provocadas pela pandemia. O imunizante também é amplamente usado nos EUA e no Reino Unido.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber registro definitivo no Brasil, ainda em fevereiro. A farmacêutica afirmou que propôs a aquisição de 70 milhões de doses ao governo federal em agosto do ano passado, mas as negociações foram descartadas, sob a justificativa de que a empresa não aceitaria se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais na aplicação do imunizante:

— Se você virar um chi… virar um jacaré, é problema de você, pô. Não vou falar outro bicho, porque vão pensar que eu vou falar besteira aqui, né? — afirmou o presidente Jair Bolsonaro, em fevereiro. — Se você virar super homem, se nascer barba em alguma mulher aí ou algum homem começar a falar fino, eles não têm nada a ver com isso. Ou, o que é pior, mexer no sistema imunológico das pessoas.