HOLANDA

Mulher fratura crânio ao ser atingida por jato d’água e bater em muro

Uma mulher alega ter sofrido fraturas o crânio depois de ser arremessada contra um muro…

Uma mulher alega ter sofrido fraturas o crânio depois de ser arremessada contra um muro por um canhão de água da polícia, durante protestos ‘anti-lockdown‘ na Holanda, no final de semana passado. Após o incidente, Denisa Tastná foi levada para um hospital onde teria recebido 15 pontos na cabeça.

Denisa afirma que ela e o namorado não estavam envolvidos no tumulto do protesto contra as regras mais rígidas de quarentena na Holanda. Segundo a tcheca, ela e o namorado estavam apenas filmando os manifestantes.

Contudo, um jato d’água, disparado por um caminhão da polícia para dispersar o protesto, acertou Denisa e a empurrou para um muro. A cena forte foi filmada por outros transeuntes, nela a mulher bate forte a cabeça e cai desacordada no chão.

“Nós apenas ficamos lá filmando e nos afastamos. Eles não tinham o direito de usar o canhão de água contra nós”, disse Denisa para o jornal local Omroep Brabant. O namorado dela afirmou que eles formam um casal que “nunca foi violento” e confirmou que estão tentando entrar com ações judiciais contra a polícia.

No entanto, promotores holandeses disseram que o fato da mulher simplesmente estar nas proximidades do tumulto equivale a envolvimento na manifestação. “Se você não for embora, em princípio você é punível”, afirma Janine Kramer, uma porta-voz da promotoria.

A porta-voz também indicou que, antes da polícia apelar para o uso dos canhões de água, “houve uma ordem de emergência e vários anúncios de evacuação”.

A Holanda recentemente introduziu um toque de recolher para conter a onda de infecções por coronavírus. Apesar do declínio das infecções nos últimos tempos, a mudança foi tomada preventivamente devido à ameaça representada pelas novas variantes do vírus.

Os cidadãos holandeses são obrigados por lei a permanecer em suas casas entre 21 h e 4h30 todos os dias. As novas regras não foram bem aceitas por uma parte da população e, dois dias após a introdução das restrições, houve mais de 240 prisões, segundo a mídia local e a polícia.

Os manifestantes supostamente iniciaram incêndios, saquearam empresas e entraram em confronto com a polícia em várias cidades da Holanda. Em Urk, a 80 quilômetros a nordeste da capital, Amsterdã, um centro de testes de coronavírus foi invadido e incendiado.