Números mostram recuperação da indústria e do comércio em Goiás
Economista vê sinais tímidos de uma reintegração financeira do mercado econômico
Em 12 regiões, das 15 pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve alta na produção industrial de abril para maio. Os maiores avanços foram no Paraná (24,1%) e Pernambuco (20,5%), mas Goiás também teve um aumento: 3%.
O Estado ficou abaixo da média nacional, de 7%. Porém, é preciso destacar que, se comparado a maio do ano passado, a produção industrial também cresceu, em Goiás. Em 2019 a alta produção industrial foi de 1,5%.
O avanço no Estado, segundo o IBGE, foi motivado pelo ramo de produtos alimentícios, como açúcar VHP e cristal, óleo de soja refinado e em bruto, extrato, purês e polpas de tomate, leite condensado e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja.
Confira os números das 15 regiões:
Amazonas: 17,3%;
Pará: -0,8%;
Região Nordeste: 12,7%;
Ceará: -0,8%;
Pernambuco: 20,5%;
Bahia: 7,6%;
Minas Gerais: 6,3%;
Espírito Santo: -7,8%;
Rio de Janeiro: 5,2%;
São Paulo: 10,6%;
Paraná: 24,1%;
Santa Catarina: 5,4%;
Rio Grande do Sul: 13,3%;
Mato Grosso: 4,4%;
Goiás: 3,0%;
Comércio Varejista
Maio de 2020 também representou crescimento de 13,9% no comércio varejista frente a abril, segundo o IBGE. O crescimento vem após o recuo recorde de 16,3% em abril, na série com ajuste sazonal.
Porém, a alta de maio representa a maior da série histórica iniciada em 2000. Na média móvel trimestral, contudo, o resultado é de -2,6% e, no acumulado do ano, -3,9% (no acumulado dos últimos 12 meses, estabilidade: 0%). Em relação a maio de 2019, a queda foi de 7,2%.
Novamente considerando a passagem de abril para maio, a crescimento ocorreu em todos os estados. Goiás ficou entre os maiores, com 19,4%. Os primeiros foram Rondônia (36,8%) e Paraná (20%).
Economista
Para a economista Andreia Magalhães, os meses de março e abril foram atípicos e muitos Estados se sentiram obrigados a fechar suas atividades diante do amedrontamento da Covid-19. “E frente a tantos desafios, os números divulgados pelo IBGE dão sinais, ainda que tímidos, de resgate da economia.”
“O desempenho do mês de maio com relação a abril exibe um movimento de reintegração financeira do mercado econômico. Tal movimento prova que a recuperação é uma conjuntura subsequente à crise sanitária que o País e o mundo amarga”, elabora a economista. Em Goiás, ela vê o setor primário como fundamental na reação.