Petrobras reduz preço do combustível de aviação em 5,71% em dia de alta internacional
Mesmo com novo corte, preço do QAV ainda acumula alta de 153% desde abril de 2020
Em um dia em que o preço do petróleo registrou o maior aumento diário em quase um ano, refletindo o anúncio repentino da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de cortar a produção em 1 milhão de barris por dia, por aqui as companhias aéreas ganharam um certo aliviamento.
A Petrobras anunciou uma redução de 5,71% no Querosene de Aviação (QAV). Ainda assim, o combustível usado para abastecer aviões acumula alta de 153% em relação a abril de 2020, início da pandemia — o que tem se refletido no preço das passagens.
O setor aéreo ainda carrega o impacto da pandemia. Além do custo do combustível — que representa 40% das despesas operacionais —, a demanda de passageiros e a oferta de assentos ainda não voltaram totalmente aos patamares pré-pandêmicos.
Em fevereiro, as companhias transportaram 6,6 milhões de passageiros pagantes: 14% menos passageiros do que em fevereiro de 2020, quando ainda não se falava em pandemia. Na comparação com fevereiro de 2019, a queda foi de 11,1%.
A oferta de assentos em fevereiro foi 8% menor do que em fevereiro de 2020. Enquanto no mercado internacional, o volume de assentos ofertados recuou 16% em relação a fevereiro de 2020.
O indicador de aproveitamento — ou taxa de ocupação média — dos aviões, também está abaixo de fevereiro de 2020. Ficou em 79,5% em fevereiro passado, ante 81,8% três anos antes. Em relação ao ano passado, que foi o ano de retomada pós pandemia, houve um pequeno recuo de 0.4 pontos percentuais.