Economia

PIB dos municípios goianos cresceu 1,9% em 2014

Mesmo com a crise político-econômica começando a abalar o Brasil, o Produto Interno Bruto goiano foi superior à média nacional, que ficou em 0,5%

Dez maiores municípios goianos concentraram 59,7% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do Estado em 2014, de acordo com dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São eles: Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo e Caldas Novas.

Conforme foi recentemente divulgado pela Segplan, em 2014, mesmo com a crise político-econômica começando a abalar o Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) goiano – índice que mede todas as riquezas do País – cresceu 1,9%. Taxa bem superior à média nacional que ficou em 0,5%.

Naquele ano, foram movimentados R$ 165,015 bilhões no Estado, envolvendo os recursos aplicados na agropecuária, na indústria e nos serviços. A partir do PIB regional é feita a estimativa do PIB dos 246 municípios por meio da distribuição desse valor entre eles.

A tabela do IMB relativa aos dez maiores municípios, com participação de 59,7% do PIB estadual, indica um aumento de 0,7 ponto percentual em relação a 2013. Esse incremento percentual da participação dos dez municípios no total do Estado poder ser explicado, principalmente, pelo aumento ocorrido em Goiânia (1,3 ponto percentual) e Aparecida de Goiânia (0,7 ponto percentual).

Com base no ranking do IMB/IBGE, houve mudança entre os dez maiores PIBs municipais, com Caldas Novas (R$ 2.049.751) suplantando São Simão (R$ 1.866.636). Já Goiânia aparece com uma concentração crescente, de R$ 40.182.654 (26,6%) em 2013, para R$ 46.094.735 (27,9%) em 2014.

PIB per capita

Quanto ao PIB per capita, também houve alteração na relação dos dez mais. Cristianópolis, que não aparecia na lista de 2013, assumiu a primeira posição em 2014, com PIB per capita de R$ 125.486,85. Turvelândia foi outra novidade na lista. Saíram Porteirão e Ouvidor. Entre os dez maiores PIB per capita, nove estão na mesorregião Sul (Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Catalão, Cristianópolis, Davinópolis, Perolândia, Rio Quente, São Simão e Turvelândia) e apenas um município (Alto Horizonte) pertence ao Norte goiano.

O valor do PIB per capita de Goiás, em 2014, foi de R$ 25.296,60. Apenas 24,4% dos municípios goianos (60) obtiveram valor superior a este. Os dez maiores municípios em relação ao PIB per capita se destacam por terem uma economia baseada, sobretudo, nas atividades de serviços e indústria, assim como pela combinação do valor do PIB com baixa aglomeração populacional.

Geração de renda

O indicador apresentado pelo IMB/IBGE avalia a renda gerada nos 246 municípios goianos segmentada pelos valores da agropecuária, indústria e serviços (exceto a atividade da Administração Pública) e Administração Pública, com o Valor Adicionado (VA) total gerado por eles, os impostos medidos indiretamente e o PIB per capita.

Em 2014, o aumento do PIB goiano esteve concentrado, sobretudo, nas maiores economias do Estado, de forma que nove municípios responderam por 72% do total do incremento daquele ano, o que representa R$ 9,878 bilhões.

Observam-se mudanças na estrutura produtiva goiana, em que o setor de serviços vem ganhando espaço, enquanto o setor industrial vem perdendo. Verifica-se que 49,9% dos municípios goianos possuíam em 2014 a atividade de serviços (exceto Administração Pública) como a mais representativa na economia local. A agropecuária também possui grande importância na estrutura produtiva, em que 87 municípios a tiveram como principal atividade econômica.

A Administração Pública, em 2014, destacou-se na estrutura produtiva de 35 municípios goianos. Já na área da indústria, apenas 19 municípios apresentaram essa atividade como a de maior participação em suas economias. Destes 19 municípios, sete são geradores de energia elétrica, com destaque para São Simão, uma vez que a indústria representou 83,4% da economia municipal, puxada pela geração de energia elétrica.