Principal suspeito de raptar Madeleine McCann tinha uma cúmplice na época do crime
Mulher, que também é alemã, indicaria a Christian Brueckner as melhores propriedades para invadir; polícia investiga se eles se falaram antes de Maddie sumir
O principal suspeito de pelo sequestro de Madeleine McCann tinha uma cúmplice em Portugal na época que a menina britânica desapareceu. Eles eram parceiros nos roubos que Christian Brueckner realizou na região do Algarve e a polícia investiga se ela também teve algum tipo de participação no sumiço de Maddie. As informações são da emissora de TV portuguesa RTP.
A reportagem da RTP revelou que que essa mulher, também alemã, ligava para Christian Brueckner indicando as “melhores propriedades para roubar”. A polícia agora quer saber se foi ela que ligou para o suspeito na véspera do desaparecimento de Madeleine, em 3 de maio de 2007. As investigações mostram apenas que a chamada foi feita de algum lugar na Praia da Luz e durou cerca de 30 minutos.
A principal hipótese das autoridades é de que Christian Brueckner estava realizando um roubo quando encontrou Madeleine dormindo no quarto de hotel e a raptou.
Parceria no crime continuou depois do rapto
A repórter Sandra Felgueiras afirmou ter obtido provas da participação da dupla em uma série de invasões no Algarve ao longo de 2007. Em novembro daquele ano, a dupla teria furtado 100 mil euros de uma residência onde a mulher trabalhava como babá. As vítimas disseram à RTP que, na época, ouviram a funcionária conversar em alemão com um homem que hoje acreditam ser Brueckner.
A polícia, inclusive, já teria interrogado a mulher duas vezes na Alemanha sobre o envolvimento dela com Christian Brueckner, que foi preso por estupro. Mas os depoimentos ocorreram antes que ele fosse apontado como suspeito do sequestro de Maddie.
‘Sei que foi ele’, diz amigo de Brueckner
O austríaco Michael Tatschl, que foi amigo de Christian Brückner, novo suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann há 13 anos disse ter convicção de que o alemão seria o autor do crime. Em entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”, ele disse que Brückner tinha “problemas sexuais” e que acredita que ele tenha vendido a menina, na época com apenas três anos, para um rede de crimes sexuais.
– Ele era um pervertido e mais do que capaz de raptar uma criança para fins sexuais ou por dinheiro. Eu acho que ele provavelmente vendeu Maddie para alguém. Talvez uma rede sexual. Eu morava com ele , era o meu melhor amigo. Eu sei que foi ele – afirmou.
Tatschl disse ainda que foi interrogado em 2019 pela polícia alemã sobre o caso e revelou às autoridades que o ex-amigo se gabava de assaltar apartamentos de turistas ricos e vangloriava-se de “vender crianças”. Os dois homens se tornaram amigos em 2005 e passaram a morar juntos em 2006.