Consumo

Procon aponta variação de mais de 200% nos preços de pescados, em Goiânia

Com a proximidade da Semana Santa, a procura por pescados tende a aumentar consideravelmente. Com…

Com a proximidade da Semana Santa, a procura por pescados tende a aumentar consideravelmente. Com intuito de orientar os consumidores nessa época do ano, para a compra desses produtos, o Procon Goiânia divulgou uma pesquisa de preços de pescados.

Segundo levantamento, as maiores variações encontradas foram com a venda de caranha e robalo. Em alguns estabelecimentos, por exemplo, foi possível encontrar a caranha sendo vendida a R$ 7,89 e em outros, a R$ 26,49 o quilo, uma diferença de 235,74%. Por sua vez, o preço do robalo variou entre R$ 26,90 e R$ 69,90 o quilo, atingindo diferença de quase 160%.

O levantamento apontou também os peixes com as menores diferenças de preços. O badejo, com variação de 30,71%, pode ser encontrado de R$ 42 a R$ 54,90 o quilo. Já o linguado é comercializado entre R$ 30 e R$ 40,69 o quilo – com variação de 35,63%. O levantamento incluiu, ainda, uma análise comparativa entre a pesquisa atual e a de 2017.

Dentre os itens comparados, o bacalhau Saith foi o que mais teve diferenciação de preço, sendo que em 2017 o maior preço constatado foi de R$ 18,69 o quilo e, em 2018, é encontrado a R$ 39,90, tendo variação de 113,48%. Por outro lado, o tucunaré teve redução no preço em até 49,14%, passando de R$ 58 em 2017, para R$ 29,50, menor preço verificado em 2018.

A coleta de valores foi realizada entre os dias 5 e 10 de março, com 15 tipos de peixes, de água doce e salgada. A pesquisa foi feita em 13 estabelecimentos da Capital, sendo sete supermercados e seis peixarias. O levantamento revelou variações percentuais entre produtos de mesma marca, oferecendo uma referência ao consumidor através de preços médios obtidos da amostra pesquisada.

Orientações

De acordo com as recomendações do Procon Goiânia, antes de comprar pescados, o consumidor deve observar a qualidade dos alimentos fornecidos e a data de validade dos produtos adquiridos. O assessor jurídico do gabinete do Procon Goiânia, Jorge Augusto, explicou que os preços de pescados não são tabelados e, por isso, é comum encontrar grandes variações.

Além disso, com a aproximação da Semana Santa, a tendência é de maior alta nos preços. “Seguir a tradição pode custar caro, por isso, pesquisas como essa são de suma importância, pois tem como fundamento o direito básico do consumidor, que é o de acesso à informação”, ressaltou.

Ele lembrou ainda que as variações de preços constatadas são referentes ao período em que foi realizada a coleta, os preços atuais podem ser diferentes, estando sujeitos à alteração conforme a data da compra, inclusive por ocasião de descontos especiais, ofertas e promoções. Além disso, lojas da mesma rede podem praticar preços diferenciados.

“Pesquisar muito é o melhor caminho para que o consumidor faça economia e tenha satisfação na compra dos produtos. Marcas conhecidas nem sempre são sinônimos de melhor qualidade. Busque o produto que te atenda à sua necessidade e que esteja dentro do seu orçamento”, orientou o assessor jurídico.