Pesquisa

Procon Goiás aponta variação de até 300% nos preços de presentes para o Dia das Crianças

Variação de até 300% nos preços de presentes para o Dia das Crianças. É isto…

Variação de até 300% nos preços de presentes para o Dia das Crianças. É isto que aponta pesquisa realizada pelo Procon Goiás divulgada nesta terça-feira (8). Ao todo, foram analisados 73 tipos de produtos relacionados à data comemorativa em oito estabelecimentos comerciais de Goiânia. Levantamento tem o objetivo de alertar a população acerca da variação e ressaltar a importância da pesquisa de preço antes da compra.

Bonecas, patinetes, jogos, bicicletas, massinha de modelar estão entre os itens pesquisados. O levantamento constatou que a variação entre o menor e o maior preço de produtos iguais pode chegar a 300,10%. Para se ter ideia, uma boneca Barbie Bailarina foi encontrada por R$ 29,99 em um estabelecimento e por R$ 119,99 em outro local. Da mesma forma, uma boneca Barbie Sereia Luz custava R$ 79,90 em uma loja e R$ 235 em outra, o que resultou em variação de 194%.

Principais variações de preços. (Gráfico: Niame/Mais Goiá. Fonte: Procon Goiás)

Segundo o superintendente do Procon Goiás, Wellington de Bessa, tal variação ocorre por conta da livre concorrência e não é configurada como abusiva. “Os preços são livres e podem variar de fornecedor para fornecedor. Há aqueles que compram os produtos mais baratos e por isso vendem mais barato, há quem tire a margem de lucro e faça promoções e há aqueles que preferem deixar o valor mais alto em razão do custo operacional da loja”, explica.

Assim, não tem outra saída na hora de presentear: é preciso pesquisar e comparar os preços. “A pesquisa foi feita justamente para que o consumidor se atente às variações, tenha acesso aos preços, faça as comparações e escolha a melhor opção”, afirmou.

Aumento de 2,04%

O levantamento aponta também um aumento médio anual de 2,04% em comparação com o ano passado. Um jogo Clue, por exemplo, que custava R$ 58,29 em 2018, agora tem o preço de R$ 76,66. A boneca Barbie Fashionista, por sua vez, passou de R$ 60,75 para R$ 68, 36.

Apesar de constatar alguns aumentos, a pesquisa também mostrou queda em alguns brinquedos. O mais considerável é o valor da boneca L.O.L Glam Glitter que foi reduzido de R$ 149,99 para R$ 122,78. Em seguida está o patinete Hulk, que passou de R$ 337, 22 para R$ 380, 90.

 

Principais variações do preço médio encontrado em 2018 e 2019. (Gráfico: Niame/Mais Goiá. Fonte: Procon Goiás)

Recomendações

Além da comparação de preços dos brinquedos, o superintendente Wellington de Bessa orienta que os pais não levem as crianças no momento em que forem realizar as compras. Isso porque, conforme explica ele, as crianças tendem a se simpatizar apenas pelo visual.

“Muitas vezes as crianças escolhem um presente porque o visual é chamativo, mas o brinquedo nem sempre é adequado para a idade e para o bolso dos pais. O ideal é que as pessoas façam a escolha do presente sem a presença das crianças para evitar eventuais transtornos”, afirma.

O Procon Goiás orienta ainda que, após a escolha do presente, o consumidor verifique a procedência do produto e se o mesmo possui selo do Inmetro – que significa que o brinquedo cumpre as normas técnicas de segurança – bem como a faixa de idade indicada para a criança, o que garante a segurança dos pequenos na hora da brincadeira.

O órgão aconselha também que os consumidores evitem produtos do mercado informal e testem produtos e verifiquem as peças para evitar transtornos. Brinquedos importados também devem obedecer às mesmas regras dos produtos nacionais.

Menos gastos

Na última semana, uma pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) apontou que mais goianienses irão gastar com o Dia das Crianças em 2019, mas o valor do presente será menor: 68,2% pretende comprar presentes para a data comemorativa, um aumento de 8,92% com relação a 2018.

A pesquisa mostrou ainda que as pessoas pretendem gastar, em média, R$ 128,90 para cada presente. Esse valor é menor do que o aferido em 2018. Entretanto, estima-se uma injeção de R$ 76 milhões na economia da capital. Além disso, constatou-se também que 56,6% das compras serão feitas com dinheiro ou cartão de débito.