Queda do rublo provoca corrida a agências bancárias, e filial europeia do maior banco russo pode quebrar
Cidadãos russos voltaram a fazer filas para sacar dinheiro nesta segunda-feira, em meio à uma…
Cidadãos russos voltaram a fazer filas para sacar dinheiro nesta segunda-feira, em meio à uma desvalorização recorde do rublo, a moeda nacional. Além fazerem resgates em caixas eletrônicos, como fizeram no domingo, eles correram às agências bancárias, que abriram suas portas hoje.
Em outros países onde bancos russos têm filiais, também houve corrida por saques, o que levou o Banco Central Europeu a afirmar que a filial europeia de um dos maiores bancos russos, o Sberbank, poderia quebrar.
O Sberbank Europe AG, com sede na Áustria, e suas filiais na Croácia e na Eslovênia, “tiveram saídas de depósitos significativas como resultado do impacto das tensões geopolíticas”, explicou o organismo de supervisão bancária do BCE em um comunicado.
A entidade alertou que “no futuro próximo, é provável que o banco não possa pagar suas dívidas ou outros passivos à medida que vencerem”.As retiradas provocaram uma “deterioração de sua liquidez” e “não há medidas disponíveis com possibilidades realistas” de restabelecer o fluxo de caixa da instituição.
Os dois maiores bancos russos, Sberbank e VTB Bank, têm sido desde quinta-feira alvo de sanções americanas, que buscam limitar suas transações internacionais devido à invasão russa da Ucrânia.
As sanções dirigidas ao sistema bancário russo foram reforçadas no sábado com o anúncio de sua exclusão da plataforma de transações bancárias internacionais Swift.
Em um comunicado, a presidente executiva do Sberbank Europe AG, Sonja Sarközi, afirmou que está “em contato estreito com as autoridades de regulamentação competentes” para ajudar na resolução desta “situação sem precedentes, pensando no interesse dos clientes”.
Na Rússia, o banco também foi procurado por centenas de clientes que querem evitar a perda de suas economias como ocorreu na crise financeira de 1998. “Vou tirar todo meu dinheiro para nao perder de novo”, disse Natalia, de 75 anos, que viveu a crise da década de 90