Em 1969, uma garotinha de 11 anos imaginou como seria o futuro. Em uma redação escolar escrita com entusiasmo, ela descreveu como seriam os anos 1980 em sua imaginação. A redação foi encontrada embaixo do estofado de um sofá por um restaurador de móveis antigos na Inglaterra.
No texto, a menina se imagina vivendo em 1980, com 21 anos e casada, sentada em um colchão de ar. Surpreendentemente, algumas previsões da garotinha chegam bem próximas da realidade. Uma delas é a forma como fazemos telefonemas atualmente, em aplicativos de videochamada como Zoom e Facetime.
“Em 1969, o telefone era um quadrado com um receptor em cima. Agora ele tem uma tela onde você pode ver a pessoa com quem está falando. É um pouco parecido com uma televisão”, escreveu a menina.
Ela também previu que os televisores ficariam mais finos e que não seria mais preciso levantar do sofá para mudar de canal.
“Eu me lembro de quando tinha 11 anos e estava na escola, as coisas mudaram muito agora. Por exemplo, a televisão mudou. Em 1969 era uma caixa quadrada com botões na frente. Agora é uma tela grande e os botões ficam no braço do sofá”, prevê a menina.
O controle remoto se popularizou cerca de cinco anos depois de a garotinha escrever a redação. Já a TV deixou de ser uma “caixa quadrada” apenas na década seguinte ao que ela previu, nos anos 1990. Com relação às videochamadas, a menina pôde ver sua imaginação se tornar realidade somente quase cinco décadas depois do que previu, a partir de 2010.
“Meu marido chega e eu digo ‘aperte o botão, querido’. Esse botão é para a porta abrir. Nossas portas são elétricas”, imagina ela, prevendo mais uma tecnologia que se tornou realidade hoje.
Na carta, a menina também imagina que não haverá comida, apenas um chiclete com todos os sabores, algo também imaginado em 1964 pelo escritor Roald Dahl em “A Fantástica Fábrica de Chocolate”.
“Meu marido chega em casa mas não tenho que preparar o chá como fazíamos em 1969. Tudo que temos é um chiclete para comer. Esse chiclete é a comida. Você pode sentir toda a comida descendo pela sua garganta e também sentir o sabor. E não precisa lavar nenhuma louça depois”, escreve.
A redação não tem assinatura, mas é datada de 23 de fevereiro de 1969 e tem correções da professora em vermelho. A autora teria 62 anos hoje.