*Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo e Alessandra Curado
Restaurante universitário da UFG aumenta preço de refeições
Os alunos que estiveram nos restaurantes universitários da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia…
Os alunos que estiveram nos restaurantes universitários da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia nesta segunda-feira (4) se depararam com um cartaz que anunciava aumento nos preços das refeições. A justificativa para a elevação dos valores é a alíquota sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na alimentação, que subiu de 7% para 10,2%.
No entanto, dados da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz) mostram que a taxação foi elevada, mas posteriormente retomou aos 7%. Conforme a pasta, por meio de sua assessoria de imprensa, o ICMS passou por uma elevação e chegou aos 10,2%, sendo publicado oficialmente no dia 1° de dezembro de 2017. O aumento foi consequência de estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que revelou necessidade de redução de benefícios fiscais às empresas.
Após reunião com representantes de bares e restaurantes de Goiás, a Sefaz propôs a redução do imposto para 7%, valor praticado antes do aumento do dia 1° de dezembro do ano passado. No dia 3 de abril de 2018, a pasta obteve aprovação da proposta junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Apesar de aprovado, o reajuste precisa da ratificação do conselhos dos outros estados. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Sefaz informou que a redução do imposto deve ser publicada no Diário Oficial do Estado no próximo dia 30 de junho. Confira na íntegra a nota enviada pela pasta:
A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informa que a pasta conseguiu, junto ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), reduzir a carga tributária do segmento de bares e restaurantes para 7%. O decreto com a regulamentação da medida deve ser publicado em suplemento do Diário Oficial do Estado retroativamente, e dessa forma, valerá já para este mês de junho. Desde dezembro do ano passado a carga tributária era de 10.2% em atendimento às recomendações do Tribunal de Contas do Estado.
Comida mais cara
O aumento passou a valer na última sexta-feira (1°). O comunicado assinado pela Nutrir, empresa terceirizada que administra, mediante contrato licitatório, os restaurantes da Universidade. As grandes refeições (para a comunidade em geral sem vínculo com a UFG) passa a custar R$ 7,68 e as pequenas refeições, incluindo o café da manhã (para alunos e comunidade com vínculo) aumentaram de R$ 3,00 para R$ 3,07.
Além disso, o quilograma do self service no Restaurante Executivo (RE), também administrado pela Nutrir, que funciona dentro do Campus Samambaia, subiu para R$ 22,55.
O aumento de R$ 0,07, que à primeira vista parece irrelevante, pesa no bolso dos estudantes que dependem do RU diariamente. Para quem utiliza o restaurante de segunda-feira a sexta-feira, sem contar feriados, o gasto sobe para R$ 61,40. Em um semestre letivo, o gasto é de R$ 368,40.
Em nota, a UFG informou que o aumento do tributo foi posterior à assinatura do contrato com a empresa que administra os restaurantes da Universidade e que a revisão de valores já estava prevista. Confira a nota na íntegra:
A Universidade Federal de Goiás (UFG) informa que, sobre a revisão dos valores praticados nos Restaurantes Universitários e Executivo da UFG, a empresa que venceu o processo de licitação para fornecimento de refeições solicitou o reajuste dos valores firmados no contrato ainda no ano passado, devido ao aumento no ICMS. O aumento do tributo foi posterior à assinatura do contrato.
A revisão dos valores foi prevista em contrato, desde que devidamente fundamentada. A empresa formalizou a solicitação de revisão, apresentando a justificativa baseada no aumento do tributo e apresentando seus cálculos para chegar ao valor do reajuste no custo das refeições.
A solicitação foi avaliada pela Pró-Reitoria de Administração e Finanças da UFG (PROAD), que analisou os aspectos financeiros e submeteu a solicitação à análise da Procuradoria Jurídica da UFG. Após pareceres favoráveis, a UFG atendeu a solicitação de reajuste.
Por decisão conjunta da Reitoria da UFG e da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), o reajuste não foi repassado para os estudantes que possuem as refeições subsidiadas (estudantes de graduação presencial e de pós-graduação stricto sensu). Eles continuarão pagando as refeições (almoço e jantar) a R$ 3,00 e o desjejum a R$ 2,00.