Saneago faz ajustes para abertura de capital
Empresa pretende captar R$ 150 milhões por meio de debêntures. Investimentos na dívida da companhia se tornam empréstimos pelos quais titular recebe retorno com juros
A Saneago avança no processo de abertura de seu capital. No momento de crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Conselho de Administração da Empresa se reuniu para fazer ajustes no processo de emissão de debêntures. No ano passado, o conselho havia aprovado a emissão de certificados que somam R$ 150 milhões. Um dos objetivos seria reforçar o capital de giro da companhia.
A emissão de debêntures é uma forma de financiamento bastante comum dentro do mercado financeiro. Tratam-se de títulos de dívida em que seu investimento é um empréstimo para determinada empresa, desde que esta não seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário. Assim o investidor se torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período pactuado.
Alterações propostas pelo Banco Estruturador da Operação foram acatadas para se promover captação de recursos no valor de 150 milhões, devido às alterações de Mercado advindas dos reflexos da Pandemia do Coronavírus, bem como do ponto de observação/renegociação sugerido pelo Comitê de Gestão de Riscos Financeiro.
Proposta e expectativa
A nova proposta enviada no último dia 27 tem a estruturação com emissão de Debêntures como parâmetro. Os rendimentos dos Certificados de Depósito Interbancário (CDI) foram alterados. Certificados de Depósito Interbancário (CDIs) são títulos emitidos por instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre instituições que têm reserva e instituições que necessitam de capital para repor o seu caixa.
Dessa forma, a precificação da proposta inicial de CDI+1,35%, fee de 0,35% sobre o valor da operação, prazo de 60 meses com 24 de carência, para CDI+5,00% a.a, com fee de 1,50%, redução do prazo da operação para 24 meses com carência de 12 meses foi modificada.
A expectativa é que a emissão de debêntures gere um aumento da capacidade de pagamento e reduzir o prazo de carência da operação de 12 para 6 meses com intuito de reduzir os valores das parcelas e, consequentemente, necessidade do lastro de garantias, o que enquadraria ao limite disponível.
Nota
A Saneago informa que a emissão de debêntures no valor de R$ 150 milhões já estava prevista no plano de negócios da companhia. Trata-se de um procedimento realizado pela empresa e que precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração, não tendo nenhuma relação direta com o Covid-19.