Setor de serviços tem 4ª queda consecutiva e fecha 2018 em -0,1%, diz IBGE
O volume de serviços encerrou 2018 com queda de 0,1%, sendo o quarto resultado negativo…
O volume de serviços encerrou 2018 com queda de 0,1%, sendo o quarto resultado negativo seguido. O valor, porém, menos intenso que nos anos anteriores. Os dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada nesta quinta-feira (14) pelo IBGE, que registrou queda 3,6% em 2015, 5% em 2016 e 2,8% em 2017. Com queda de 1,9%, o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares puxou a queda do índice no ano.
As atividades que mais influenciaram a retração desse segmento são relacionadas a serviços de cobrança e informações cadastrais, soluções de pagamentos eletrônicos, engenharia e segurança privada.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, é característica desse setor a prestação de serviços a outras empresas, e seu peso no acumulado negativo “tem a ver com o momento desfavorável da economia como um todo, já que as empresas em contenção de gastos costumam dispensar esse tipo de serviço”.
Outra atividade com taxa negativa foi a de serviços de informação e comunicação, com baixa de 0,5%.
Os destaques positivos foram para outros serviços, com 1,9%, e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 1,2%. Lobo explica que a alta deste último segmento já vinha refletindo, desde outubro, a recuperação frente a greve dos caminhoneiros em 2018, “impulsionada, sobretudo, pelo avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de passageiros e de operação de aeroportos”.
No resultado mensal, o volume de serviços teve alta de 0,2% entre novembro e dezembro do ano passado, e manteve o cenário de estabilidade, quando ficou em 0,1% em outubro e 0,5% em novembro. Em dezembro, a variação se mostrou 11,4% abaixo do ponto mais alto da série, que foi em janeiro de 2014.
O setor de serviços vai na contramão dos resultados da indústria e do varejo, que cresceram em 2018, em um ano que foi marcado por uma recuperação morna da economia e pela greve dos caminhoneiros, em meio à recuperação lenta do mercado de trabalho.