Sobre fechamento de frigorífico, Blairo Maggi pede confiança à população de Mineiros
O fechamento de uma unidade frigorífica da BRF Perdigão em Mineiros, no sudeste goiano, foi…
O fechamento de uma unidade frigorífica da BRF Perdigão em Mineiros, no sudeste goiano, foi um dos pontos de destaque do discurso do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, durante o evento de abertura da Tecnoshow Comigo, em Rio Verde, nesta segunda-feira (3). Ele pediu confiança à população do município e reforçou que o governo está fazendo de tudo para solucionar o problema.
Em sua fala, Blairo afirmou ter ciência de que 11 mil habitantes do município vivem direta ou indiretamente em função do frigorífico e pediu calma à população. “É muito ruim o que está acontecendo, mas eu gostaria de dizer aos senhores que o ministério está atento a Mineiros. Estamos tomando todas as providências”, afirmou.
A unidade fechada é um dos três frigoríficos que tiveram suas linhas de produção paralisadas por determinação do Ministério da Agricultura até que se encerrem as apurações das eventuais falhas sanitárias investigadas pela Polícia Federal no âmbito da Carne Fraca. Em operação regular até o dia 17 de março, o frigorífico teve sua licença sanitária aprovada em fevereiro e vinha abatendo diariamente cerca de 25 mil perus, que são enviados ao exterior, principalmente a países da União Europeia. Sua interdição foi determinada após suspeitas de que a unidade estaria exportando carne contaminada. Com o fechamento da unidade, as 219 granjas do município travaram as atividades.
O ministro ressaltou que o trabalho a ser desenvolvido para solucionar o problema deve ser estritamente técnico. “Não tem, nesse momento, solução política para os problemas que ali se apresentaram”, pontuou.
Blairo assegurou que o governo está fazendo o possível para que o problema seja resolvido o quanto antese salientou que é importante que tanto o poder público quanto o setor privado tenham responsabilidade e ajam com a devida clareza. “Confiem em nós . Estamos fazendo tudo aquilo necessário, mas estritamente dentro do regulamento. Se não formos transparentes, podemos perder mercados, e aí sim vamos ver muitas coisas difíceis acontecendo”, frisou.
Mais cedo, em coletiva de imprensa, o ministro também falou sobre o assunto, apontando que, ao contrário do que se imaginava quando da interdição, o problema não estava na planta do frigorífico. “A contaminação está vindo do campo”, afirmou, pontuando que já está sendo executado um sistema de monitoramento para rastrear a origem exata do problema.