PROCEDIMENTO INTESTINAL

Termina cirurgia do Papa Francisco em Roma, diz mídia italiana

Cirurgia foi realizada pelo especialista e professor Sergio Alfieri

Papa defende Olimpíadas de Tóquio como sinal de esperança (Foto: Reprodução/ Rumos da Fé)

A cirurgia que o Papa Francisco foi submetido neste domingo já terminou, segundo a mídia italiana. Ainda não há informações sobre o estado de saúde de Francisco, que passou pelo procedimento cirúrgico para tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon. Mais cedo, o Vaticano informou que divulgaria um boletim médico ao término da operação.

De acordo com o jornal Corriere della Sera, o pontífice, que tem 84 anos, chegou ao hospital Policlinico A. Gemeli, em Roma, por volta das 15h. A cirurgia foi realizada pelo especialista e professor Sergio Alfieri. Em nota divulgada neste domingo (4), o Vaticano afirmou que a intervenção já estava agendada e que, por isso, não há apreensão.

Antes de se internar, o líder da Igreja Católica participou da tradicional oração do Angelus, na praça São Pedro, no Vaticano. O papa informou que fará uma viagem em setembro para a Hungria e a Eslováquia, mas não disse que faria a cirurgia. .

Por que o Papa teve de passar por cirurgia

A estenose diverticular sintomática do cólon é consequência da doença diverticular, que é a formação de “bolsinhas” (divertículos) no intertino grosso.

“Essas ‘bolsinhas’ podem sofrer inflamações frequentes — chamadas de diverticulite. Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose”, explica Suzete Notaroberto, médica pela PUC-Campinas, com residência em gastroenterologia pela Unesp de Botucatu.

Nem todos os casos exigem que o paciente passe por cirurgia. O procedimento é necessário quando o estreitamento dificulta muito a passagem e há risco de obstrução intestinal. “No caso do papa, provavelmente eles vão tirar um pedaço do intestino que está estreitado”, afirma a médica da PUC-Campinas.

Os sintomas podem incluir dor e distensão abdominal, dificuldade e até parada na evacuação. “Se não for resolvido a tempo, pode até evoluir para uma perfuração intestinal”, diz Notaroberto. “Entretanto, quando a estenose ainda é pequena e as fezes ainda estão passando, é possível programar a cirurgia, como parece que foi o caso do papa”.