Gastronomia

UEG apresenta cerveja feita por estudantes no Piri Bier

Feita com malte galeno, cevada e os adicionais de rapadura e capim-limão, a Magalene recebeu elogios dos especialistas durante o evento

Estudantes do primeiro e do segundo ano do curso de Gastronomia do Câmpus Pirenópolis da Universidade Estadual de Goiás (UEG) apresentaram, durante o festival Piri Bier, realizado neste final de semana em Pirenópolis, a cerveja Magalene, feita pelas mãos de um grupo de dez estudantes treinados por Ernesto Matias, sócio da cervejaria pirenopolina Santa Dica.

Além do público de visitantes do evento – que parou em frente ao local para aprender mais sobre a produção artesanal de cervejas – profissionais e empresários do ramo cervejeiro participaram a primeira degustação oficial da cerveja Magalene. O reitor da UEG, Haroldo Reimer, abriu a primeira garrafa da bebida, juntamente com os estudantes que a produziram. Ele lembrou que desde a primeira edição do festival houve uma aproximação com a organização do evento para incentivar a participação ativa dos estudantes do câmpus local. Uma movimentação que, dois anos depois, mostra resultados plenos: vários estandes de cervejarias regionais contam com universitários da UEG em suas equipes.

“A iniciativa que começamos há três anos atrás com a ideia do laboratório de cerveja, e agora o Núcleo de Pesquisas da Cerveja é muito promissora. Nós vamos investir nisso nos próximos anos, porque quanto mais a universidade for um polo difusor dessa tecnologia e desse know how, tanto melhor para o nosso belo estado de Goiás e a região Centro-Oeste”, prevê o reitor.

O reitor vê uma iniciativa inovadora no pioneirismo da Universidade em incluir em suas atividades a produção e o estudo da cerveja, além da parceria da instituição com o festival e produtores locais, “é uma experiência muito positiva uma universidade estadual, pública, estar dentro de um festival de cervejas especiais, apresentando a sua primeira experiência de uma cerveja produzida por professores e alunos da UEG em parceria com o pessoal da Santa Dica”, observa.

Sobre a cerveja, Haroldo Reimer é só elogios. “A cerveja é uma Indian Pale Ale, frutada, com boa carbonação, e aquele amargor típico de uma boa cerveja Ipa. Acho que a maioria das pessoas vai chegar à mesma conclusão que eu: de que é uma cerveja de muito boa qualidade”.

Elogios

Parceiros e apoiadores de longa data do Câmpus Pirenópolis foram convidados a participar, como Ernesto Matias, o cervejeiro que ensinou a técnica aos estudantes e Marcelo Scavone, sócio da Escola da Cerveja, que ministra atividades de formação para o laboratório da Universidade e Patrícia Mercês, empresária que está à frente da marca de cervejas especiais Colombina.

Feita com malte galeno, cevada e os adicionais de rapadura e capim-limão, a Pale Ale criada dentro da UEG pelos estudantes de gastronomia recebeu elogios dos especialistas que participaram da degustação: “Essa cerveja está muito bem feita, muito bem elaborada. Não tem nenhum defeito. Na sommeleria da cerveja, quando uma cerveja é muito boa nós dizemos que ela é fácil de beber, esta cerveja está fácil de beber”, elogia Scavone.

Patrícia Mercês, outra especialista que participou da degustação, elogiou o trabalho dos estudantes, “a cerveja desenvolvida pelos alunos está bem completa. Aroma super redondinho, não achei defeitos. No paladar ela está bem aveludada, está uma cerveja muito tranquila de tomar. Estão de parabéns”.

Vinícius de Melo Ferreira é sommelier de cerveja e proprietário de uma agência de publicidade especializada na produção de rótulos de cerveja. De passagem pelo festival na companhia de Marcelo Scavone, ele também experimentou a Pale Ale Magalene e aprovou. “Eu achei uma cerveja bem equilibrada. Dá para sentir os aromas do lúpulo e do malte bem sutis. É um pouco áspera, mas gostosa e o amargor está bem utilizado. É uma cerveja com alta drinkability, ou seja, eu consigo beber várias vezes. Está muito boa”.