Variação em preços de material escolar chega a 233% em Goiânia
Pesquisa apresentada pelo Procon Goiás alerta a população para produtos idênticos com preços muito discrepantes na época de volta às aulas
O Procon Goiás alerta os consumidores que estão em busca de materiais escolares neste início de ano. Em pesquisa realizada entre 19 e 28 de dezembro do ano passado, em 10 papelarias de Goiânia, foram constatadas variações nos preços de produtos da mesma marca que chegam a 233% de diferença.
A maior variação se deu no valor da borracha da marca Mercur, número 40, que foi encontrada de R$ 00,30 a R$ 1,00.
Segundo Gleidson Tomaz, gerente de pesquisa e cálculo do Procon, o objetivo do levantamento anual realizado pelo órgão é atentar os consumidores para os abusos existentes quando o assunto são os materiais escolares, seja pelas instituições de ensino ou por parte das papelarias.
“Muitos estabelecimentos, acreditando que os consumidores não vão pesquisar antes da compra, ou que vão deixar para última hora, colocam os preços lá em cima. Sendo assim, disponibilizamos a lista de preços para evitar que o consumidor tenha seus direitos lesados”, completa.
Outra questão levantada pela pesquisa são o abusos apresentados pelas escolas, que muitas vezes solicitam materiais que não são para fins didáticos-pedagógicos. “Quadro-negro, papel higiênico e copos descartáveis são exemplos de produtos que não devem ser solicitados pelas instituições. Nesse caso, os pais/consumidores podem protocolar denúncia junto ao Procon por meio do telefone 151”, atesta o gerente de pesquisa.
Há ainda casos em que as instituições determinam marcas ou locais para realização das compras. Nesse caso, o Procon assegura que os pais não precisam aceitar a imposição, sendo livres para compras de acordo com seu orçamento e preferência.
“Não há justificativa para esta situação. Caso esse tipo de conduta for constatada, a instituição pode ser penalizada com multas que vão de R$ 800,00 a R$ 9 milhões, dependendo de seu porte econômico”, alerta Gleidson Tomaz.
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*Larissa Lopes é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo