Mercado aquecido

Venda de frutas em Goiás deve ter aumento de 50% neste final de ano, prevê Ceasa

Conforme expõe representante da central de abastecimento, os preços estão estáveis e não devem sofrer grande elevação

Alimentos que ajudam a reduzir a ansiedade

Aumento de 50% na venda de frutas em Goiás neste final de ano. É o que prevê o gerente da divisão técnica da Central Estadual de Abastecimento (Ceasa), Josué Lopes Siqueira. Preços, segundo ele, estão equilibrados em relação ao ano passado, apesar de previsão de alta, visto que oscilação também ocorre para que os preços diminuam. Expectativa é que não haja grande elevação neste período.

Frutas como pêssego, uva, ameixa, kiwi, maçã, manga, nectarina, lichia e castanha estão entre as mais procuradas, conforme explica o gerente. “Houve aumento em alguns produtos e diminuição em outros. Os preços não são fixos e mudam constantemente, mas podemos dizer que até agora há equilíbrio”.

Entre as frutas que tiveram queda no preço estão a uva, que passou de R$ 40 para R$ 35, a caixa; ameixa de R$ 95 para R$ 88; melão de R$ 46 para R$ 36; kiwi de R$ 110 para R$ 85 e o morango que custava R$ 17 em 2018, e agora tem sido vendido a R$ 15, também a caixa. Já os aumentos ficaram por conta, principalmente, da nectarina que saiu de R$ 52 para R$ 75 e maçã que era vendida por R$ 79 e subiu para R$ 85, de acordo com dados da Ceasa.

Comparativo no preço das frutas em Goiás. (Gráfico: Niame L., do Mais Goiás. Fonte: Ceasa)

Para Josué, as variações não assustam o consumidor visto que há oscilação tanto para mais quanto para menos. “Em geral, houve equilíbrio. Tal variação é comum e não é nada que assuste os compradores. A população, como de costume, vai conseguir usufruir de uma mesa farta como é tradição nesta época”, afirma.

O gerente aponta que, apesar da previsão de alta, ainda não foi possível sentir a movimentação. Isso porque os produtos são perecíveis e não pode ser comprados com muita antecedência, conforme Josué. “A partir de quinta-feira poderemos sentir melhor o mercado. É o momento em que compradores do interior e da capital vêm procurar os produtos. Os distribuidores já têm se preparado e armazenado os produtos para atender a demanda. A expectativa é positiva”, disse.

Preço melhor

De acordo com o vendedor Selmo Silva, que trabalha no ramo há 18 anos, o preço das frutas em 2019 é melhor do que o encontrado no mesmo período em 2018. Ele cita, por exemplo, os casos da ameixa e pêssego. No ano passado, 8 kg destes produtos era vendido a R$ 60. Hoje, porém, as frutas estão saindo a R$ 50, com a mesma quantidade.

“Por enquanto os preços estão ótimos e estamos com grande otimismo. A tendência, por conta da demanda, é que tenha uma pequena alteração podendo chegar entre R$ 55 e 60 no preço da ameixa e pêssego. Ainda assim ficará mais barato do que no ano passado”, afirma.

Segundo ele, o aumento é previsto na reta final do período. “O estoque nunca é suficiente, então temos que fazer novos pedidos. Neste momento o preço do frete praticamente dobra. No normal pagamos R$ 15 mil, mas no período eleva para R$ 18 a 20 mil”, salientou.

Otimismo

O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Gilberto Soares, afirmou ao Mais Goiás que a categoria tem encarado a data com otimismo. “As encomendas já foram feitas com os fornecedores para garantir ceia farta e frutas de qualidade aos consumidores. A Ceasa já se prepara para atender os supermercadistas. Nossa expectativa é a melhor possível”, disse.

Gilberto ressalta ainda que os preços estão estáveis e que devem chegar aos consumidores com baixa. “Não houve grande aumento. Algum produto ou outro é que teve acréscimo, mas no geral a oferta está regularizada. Também não há nenhuma situação de falta de mercadoria nem sinal de aumento. A partir do final dessa semana poderemos sentir como está a procura e saída das frutas”.