Você sabe o que é NFT? Saiba tudo sobre esse fenômeno nas criptomoedas

Qualquer pessoa pode criar um NFT e ganhar dinheiro com ele, desde que esteja ciente dos riscos e saiba que se trata de algo exclusivo. Como todo investimento, ele oferece vantagens, mas também riscos.

A valorização pela qual alguns tokens passam em curto prazo é o principal atrativo. Já a desvantagem reside na baixa liquidez e na dificuldade em vendê-los, uma vez que seu mercado ainda é novo.

Os entusiastas afirmam que o NFT é o futuro do mercado financeiro; já os mais cautelosos consideram essa proposta superestimada. Enquanto isso, essa categoria de ativos continua despertando dúvidas e curiosidade.

Oriunda da expressão em inglês non-fungible token, a sigla NFT pode ser traduzida como “token não fungível”. Isso significa dizer que se trata de uma representação digital de um ativo (o token) de um bem exclusivo, ou seja, que não tem substituição — daí o “não fungível”.

A orientação para quem deseja aplicar recursos em NFTs é diversificar a carteira apostando em opções em renda variável e fixa, ações e fundos de investimento.

Entenda na prática

Para compreender o que é NFT, é preciso ter em mente que se trata de um código para bens únicos que assegura ao proprietário a posse deles. A tecnologia blockchain é a sua base, sendo a mesma utilizada no processo das criptomoedas. A projeção do setor é que o NFT seja uma possibilidade de negociação no metaverso, ambiente virtual e online que imita a realidade.

As transações com NFTs, no entanto, já estão ocorrendo. Entre janeiro e setembro de 2021, por exemplo, a movimentação financeira desses tokens alcançou a cifra de US$ 13,2 bilhões ao redor de todo o globo.

Como esclarecem os especialistas, os NFTs são uma espécie de subclasse dos criptoativos, como as criptomoedas. O maior diferencial deles, contudo, é o fato de não serem intercambiáveis, mas únicos e exclusivos. Por isso, um token não fungível não pode ser substituído.

NFTs mais procurados de 2022

De acordo com uma pesquisa da Design Bundles, até março de 2022 os NFTs mais procurados foram os representativos de jogos play-to-earn, metaverso e colecionáveis esportivos. Começar por essas alternativas pode ser mais seguro para quem está interessado em ingressar no mundo dos NFTs.

Os primeiros lugares da lista ficaram com Axie Infinity, The Sandbox e NBA Top Shot. O levantamento revelou quais foram os dez NFTs mais procurados no Google durante os três primeiros meses do ano.

Apelidados “Axies”, os monstrinhos de Axie Infinity foram os mais pesquisados no mundo, com 3,86 milhões de buscas mensais. É necessário comprá-los para ter acesso ao jogo e às funcionalidades do play-to-earn, que concede recompensas em criptomoedas a partir das jogadas. A ideia é que a dinâmica contribua para a independência financeira das pessoas.

O segundo lugar desse pódio ficou com o metaverso The Sandbox, com 553 mil pesquisas por mês. Numa versão clássica programada em pixels, o universo chama a atenção dos usuários por seus terrenos virtuais elaborados e pela chance de ser vizinho de uma celebridade. Esse ambiente virtual é a casa do rapper Snoop Dogg, da série The Walking Dead e da marca Adidas, por exemplo.

Fãs dos astros do basquete norte-americano podem acessar momentos emblemáticos das partidas das ligas por meio de cards colecionáveis digitais no NBA Top Shot. Com 477 mil buscas mensais, essa coleção de NFTs ficou em terceiro lugar entre os dez mais procurados de 2022.

Primeiro tuíte do mundo vira NFT

O primeiro tuíte publicado na história, de autoria de Jack Dorsey, fundador do Twitter, está à venda pela segunda vez e foi anunciado no formato de NFT. O valor do token está em 14.969 da criptomoeda Ether e equivale a US$ 48 milhões, quantia 16 vezes maior do que a paga em 2021, considerando a cotação do dólar.

No ano passado, o tuíte tinha sido arrematado por Sina Estavi, CEO do serviço de blockchain Bridge Oracle. Neste ano, ele optou por colocar o NFT no mercado OpenSea e prometeu direcionar 50% do valor arrecadado para caridade.

Em suas redes, o executivo afirma que a proposta é doar US$ 25 milhões para a GiveDirectly, instituição beneficente nos Estados Unidos que auxilia pessoas no Quênia, Uganda e Ruanda.