Elefante-marinho é flagrado na Praia do Arpoador; veja vídeo
Por enquanto, em virtude do novo coronavírus, as águas das praias do Rio de Janeiro…
Por enquanto, em virtude do novo coronavírus, as águas das praias do Rio de Janeiro só estão liberadas para atividades esportivas individuais. Um visitante ilustre resolveu praticar natação na Praia do Arpoador na manhã desta segunda e, embora não tenha infringido qualquer regra, fez a festa dos surfistas e dos banhistas que estavam no local. Trata-se de um elefante-marinho, cujas imagens rapidamente viralizaram nas redes sociais.
— Hoje, no Arpoador, eu tive uma sorte imensa. Recebemos uma visita muito especial e inusitada: um elefante-marinho. Não sei se estava machucado, perdido… talvez, pois ali não é nada comum esses animais aparecerem. Mas todos que estavam lá respeitaram o animal e ficaram curiosos, normal, e o bicho pegou uma marola enquanto nadava, mas saiu. Espero que não se machuque. E, sim, foi emocionante — escreveu em seu Instagram a fotógrafa Helena Barreto, que estava lá a trabalho e flagrou o animal.
O mamífero recebe esse nome pelo formato do nariz, que lembra uma tromba, e é facilmente confundido com o leão marinho. Além de o elefante-marinho não ter orelhas, a diferença principal é sua locomoção, apoiada na superfície ventral — ao contrário da dos leões marinhos, sustentada nas nadadeiras.
Guardas municipais do Grupamento Especial de Praia e Marítimo (GPM) flagraram um leão marinho nadando próximo à Pedra do Arpoador na manhã desta segunda-feira, dia 13, e registraram as imagens do animal, que chamou atenção de surfistas. pic.twitter.com/1wLjKTSZEG
— Guarda Municipal Rio (@GMRio) July 13, 2020
De acordo com o biólogo Izar Aximoff, doutor e especialista em mamíferos, esta não é a primeira vez que um elefante-marinho dá o ar da graça no litoral do Rio em 2020.
— Em março, um filhote com cerca de um ano de idade foi visto nas areias da Praia da Barra, na Zona Oeste. Em abril, um filhote apareceu na de Ponta Negra, em Maricá. E, em maio, um indivíduo foi avistado no costão rochoso da Praia Grande. O de hoje parece ser jovem — disse.
Segundo Aximoff, a espécie, de nome Mirounga leonina, é a maior representante do grupo dos pinípedes, superfamília de mamíferos aquáticos que inclui ainda focas, leões-marinhos, lobos-marinhos e morsas. Os machos podem atingir quase 5 metros de comprimento e 3,5 toneladas. Já as fêmeas chegam à metade deste tamanho.
O biólogo explicou que a ocorrência dos pinípedes no Rio está relacionada ao intenso fluxo para o norte da Corrente Malvinas durante o inverno. No Atlântico Sul, eles se reproduzem na Península Valdéz, na Argentina, e na ilha Juan Fernandes, no Chile.