Em almoço, Mendanha aconselha Bolsonaro a focar onde já tem apoio
Ex-prefeito de Aparecida afirma que "almoço foi uma conversa de mais de uma hora sobre política nacional, cenário do Estado e o compromisso com o Bolsonaro no segundo turno"
Candidatos ao governo derrotados em Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota) e major Vitor Hugo (PL) almoçaram com Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (19). O encontro aconteceu no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o ex-prefeito de Aparecida aconselhou o chefe do Executivo sobre a busca por ampliação de votos.
Mendanha disse ao presidente que não adiantava buscar votos em locais onde gestor não tinha penetração. O foco deveria ser onde o mandatário já tinha apoio, a fim de ampliar os votos. “Sugeri ao presidente que possamos levar o nome dele em regiões e segmentos onde há uma concordância com as pautas de direita. Por exemplo, as universidades não têm grande adesão ao projeto”, disse ao Mais Goiás.
Segundo o ex-prefeito, “o almoço foi uma conversa de mais de uma hora sobre política nacional, cenário do Estado e o compromisso com o Bolsonaro no segundo turno”. Vale citar, após a reunião com os goianos, o presidente declarou que Goiás está 100% com ele.
Também participaram do encontro o senador Vanderlan Cardoso (PSD); a esposa dele e suplente de Wilder (PL) no Senado, Izaura Cardoso (PL); o candidato a vice de Mendanha, Heuler Cruvinel (Patriota); a esposa do ex-prefeito de Aparecida, Mayara Mendanha; além de outros.
Vale lembrar, o governador reeleito Ronaldo Caiado (União Brasil) também declarou apoio à reeleição do presidente no último dia 6. “Sou um homem de formação democrática. Estamos à disposição para o jogo democrático e nós o respeitaremos. Essa continuidade dará tranquilidade para que todos nós possamos crescer”, disse o gestor estadual à época.
Rompimento de Caiado e Bolsonaro
Durante a pandemia da Covid-19 o governador e o presidente romperam. Bolsonaro, que adotava discurso negacionista em relação ao vírus, pedia a volta da normalidade e o fim do confinamento para evitar a disseminação do vírus. Caiado então, chegou a dizer que as conversas com o presidente seriam somente por meio de comunicados oficiais.
Durante pronunciamento, o governador de Goiás também criticou a fala do presidente que classificou a doença como “gripezinha”. “[Os profissionais] estão à frente, colocando em risco a suas vidas. Quando se escuta uma declaração como essa, de dizer que isso é um resfriadinho, é uma gripezinha. Respeita. Ninguém definiu melhor que o Obama: na política e na vida a ignorância não é uma virtude”, afirmou.
E não só neste momento. Bolsonaro também criticou os preços dos combustíveis em Goiás e chamou Caiado de mentiroso. “Nesses 3 anos, o ICMS mais que dobrou o valor na ponta da linha. Te um governador de Goiás que falou que eu estava mentindo porque o percentual não tinha variado. Mentiroso é ele, porque o percentual realmente não variou. Além de ele cobrar em cima do preço final da bomba, é bitributado. Já está incluso o PIS/Cofins. Cobra em cima do imposto federal, em cima dos tanqueiros e em cima dos postos.”