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Em entrevista, Lula diz que pretende voltar mais a Goiás, fala de agro, Maduro e mais

Presidente participou do lançamento de trecho da obra do BRT Norte-Sul

Em entrevista, Lula diz que pretende voltar mais a Goiás, fala de Agro, Maduro e mais (Foto: André Mamede)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à rádio Difusora Goiânia, nesta sexta-feira (6), disse que pretende voltar mais vezes à capital goiana. Ele, inclusive, afirmou que vai tentar “fazer um comício para Adriana [Accorsi]”, candidata do PT ao Paço Municipal.

“Merece ser levada em conta pelo povo de Goiânia. Eu participei da história do [Darci] Accorsi, que foi um dos melhores prefeitos da história de Goiânia”, lembrou do pai da petista. “Defensora da criança, da mulher. Então acho que vou vir aqui, porque faz tempo que estou com vontade de subir em um caminhão de som aqui em Goiânia”, declarou.

Lula participou da inauguração de trecho de 17 km do BRT Norte-Sul, que corta o município de Goiânia. O investimento do governo federal foi de R$ 140 milhões. Com valores da prefeitura, o total chega a R$ 321,7 milhões. Além disso, o presidente lançou obras de Institutos Federais em Goiás.

Inclusive, em entrevista à rádio, ele afirmou que veio a Goiás para anunciar investimentos importantes, que “outros não anunciaram”. “O Brasil está crescendo porque nós trabalhamos. Estou aqui hoje para fazer uma coisa que os outros poderiam ter anunciado. Poderiam ter anunciado investimentos, mas não trabalharam e não fizeram”.

Agro e Venezuela

Em outros pontos da entrevista, o presidente abordou a relação com o agronegócio. Segundo ele, existe resistência no segmento devido a questões ideológicas, não por investimentos.

“Agro não rejeita PT por dinheiro, é questão ideológica. Há quantas décadas os Sem Terra não invadem terra produtiva? E o agro tem ódio”, disse. “É discordância ideológica, não tem nada de financeira. No governo do PT, Lula 1 e 2, Dilma 1 e 2, foi quando houve o Plano Safra maior. Eu convivo com isso tranquilamente e vou continuar fazendo o que precisa ser feito.”

Questionado se considera a Venezuela uma ditadura, ele evitou ser contundente e disse que o país vizinho é “mais um rolo”. Ele também reforçou que não reconheceu o resultado da última eleição, que só o faria se houvesse a entrega de atas do pleito.

“Ali só tinha uma solução: uma nova eleição ou uma coalização.” Ele ainda afirmou que o comportamento de Maduro deixa a desejar. “Ele deveria provar [que foi eleito], mas ele não faz. Não aceitamos o resultado, mas não vamos romper relações. O bloqueio não prejudica o Maduro, mas o povo.” O presidente também não endossou a vitória da oposição.

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