JUSTIÇA

Suspeito de praticar estupros em série em Goiás vai ao banco dos réus

Ao todo, já são 33 vítimas confirmadas por meio de exames periciais de DNA

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) iniciou, na última quinta-feira passada (17), o julgamento de Wellington Ribeiro da Silva, suspeito de cometer estupros em série em Goiás. Ele foi investigado, identificado e preso pela Polícia Civil em setembro de 2019, após uma força-tarefa chamada de Operação Impius.

Conforme informações da polícia, os inquéritos policiais sobre os estupros foram concluídos em outubro do ano passado. A maior parte dos processos tramitam na 3ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia. Foram realizadas audiências de instrução e julgamento nesta segunda-feira (21) e há mais outras duas audiências previstas para esta terça-feira (22).

A investigação deu origem às ações penais pelas quais Welington responde agora, uma vez que o Ministério Público encontrou, nos inquéritos policiais, elementos suficientes para oferecer denúncia à Justiça. As atribuições da Polícia Civil de Goiás, em relação ao caso, já acabaram.

Por esta razão, a corporação se pronunciará apenas por meio do vídeo gravado pela delegada Ana Paula Machado, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida, já que os inquéritos da força-tarefa foram finalizados e o procedimento se encontra na segunda fase de persecução penal.

A delegada participou da investigação e não concederá outras entrevistas, pois está grávida e, pelo risco da Covid-19, trabalha em home office.

Assista aos vídeos:

 

Relembre

Conforme a Polícia Civil, Wellington Ribeiro anunciava assalto, obrigava as vítimas a subirem na moto, e as levava para lugar desabitado, onde praticava o crime, sob ameaça do uso de arma de fogo e sem retirar o capacete, para ocultar sua identidade. Ele tem antecedentes criminais por roubo, estupro e homicídio. Wellington cometeu os crimes entre 2008 e 2019.

No dia 07 de maio de 2011, Wellington foi preso em flagrante por ter estuprado a vítima e por ter feito sexo oral em sua bebê de 5 meses, no Jardim Ipanema, em Goiânia. Nos documentos de prisão em flagrante, ele se apresentou como Sérgio Rodrigues da Silva, um nome falso.

Por ter procedimentos penais no estado do Mato Grosso pelos crimes acima mencionados, Wellington foi transferido de Goiás para o referido estado, já que a pena seria maior. Ele foi condenado a 57 anos de prisão pelo Poder Judiciário de Mato Grosso. Mas, em 20 de novembro de 2013, fugiu da penitenciária.

Porém, ele foi preso em flagrante no dia 12 de setembro de 2019, no Setor Veiga Jardim, Aparecida de Goiânia, por uso de documento falso e por estar com uma motocicleta com restrição de roubo, além de possuir mandado de prisão em aberto. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva após audiência de custódia.

A Operação Impius foi assim batizada em razão do nome em latim significar perverso.

*Com informações da Polícia Civil

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira