Os empreendimentos da faixa 1,5 do Minha Casa Minha Vida (para famílias com renda mensal entre R$ 1,6 mil e R$ 2.350) devem “gourmetizar” o perfil dos condomínios do programa de habitação popular.
Com piscinas para adultos e crianças, espaço gourmet com churrasqueira, playground e salão de festa, o residencial Belle Nature da MRV Engenharia vai ser lançado hoje (14) em Valparaíso, a 47 km da capital federal. O residencial ainda contará com guarita e segurança 24 horas.
A faixa 1,5, criada para beneficiar a classe média baixa, é destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.350. O limite do valor dos imóveis foi fixado em R$ 135 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O governo dá um desconto de até um terço desse valor, que são bancados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Promessa de campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff os empreendimentos só começaram a ser lançados agora, quase três anos após o anúncio da nova faixa. A seleção dos beneficiários não é feita pelas prefeituras – como na faixa 1, famílias com renda de até R$ 1,8 mil -, mas pelos bancos (Caixa e Banco do Brasil) e pelas próprias construtoras, que analisarão o enquadramento das famílias nos critérios.
No caso do Belle Nature, o subsídio vai ser de, no máximo, R$ 30 mil. O condomínio contará com 105 apartamentos da faixa 1,5 e 247 apartamentos das faixas 2 e 3 do programa (para famílias com renda de até R$ 6,5 mil). Segundo o gestor executivo de Vendas da MRV, Jeferson Benitez, no pré-lançamento, 42% das unidades da faixa 1,5 foram vendidas enquanto 30% das faixas 2 e 3. “Os juros são bastante camaradas e o acabamento de um não deve nada ao outro”, afirmou. Na faixa 1,5, a taxa é de 5% ao ano enquanto nas outras pode chegar a 8% ao ano.
“Acreditamos que essa nova faixa será muito importante para acelerar a economia e propiciar mais oportunidades para as famílias que necessitam adquirir o seu primeiro imóvel”, disse Allan Duarte, gestor de Vendas da MRV.
(1 Serão destinados R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão para pagar os descontos no valor dos imóveis sendo R$ 1,26 bilhão bancado pelo FGTS e R$ 140 milhões pelo Tesouro. Os outros R$ 2,4 bilhões sairão também do FGTS por meio de financiamentos com juro subsidiado.