Em manifestação, familiares e amigos pedem justiça pela morte de homem asfixiado após ação da PRF
Pedindo justiça, familiares e amigos de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, se reuniram,…
Pedindo justiça, familiares e amigos de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, se reuniram, nesta quinta-feira (26), em uma manifestação contra a ação brutal da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que resultou na morte da vítima por asfixia aguda. O ato reuniu dezenas de pessoas, que atearam fogo em pneus e interditaram uma via da BR-101 em Umbaúba, no Sergipe.
Em imagens divulgadas nas redes sociais, pessoas gritam por justiça enquanto seguram cartazes com críticas à PRF. Genivaldo morreu após uma abordagem de agentes, nesta quarta-feira. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima sofreu asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Ele era esquizofrênico e tomava remédios controlados há mais de 20 anos.
A Polícia Federal abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte de um homem em Sergipe durante abordagem feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe. Segundo a entidade, “diligências acerca do caso já foram iniciadas, e a PF trabalha para esclarecer o ocorrido o mais breve possível”.
O presidente da OAB regional, Danniel Costa, afirmou que as gravações apontam para uma “clara negligência” e que a ação policial com abuso de força pode caracterizar crime de tortura. No entanto, apenas um inquérito policial poderá indicar os possíveis tipos penais cometidos pelos agentes.
Imagens da ação foram compartilhadas nas redes sociais e mostram a vítima sendo algemada no chão e depois colocada pelos agentes no porta-malas da viatura. Com a porta fechada, os policiais dispararam gás dentro do carro e é possível ver grande quantidade de fumaça saindo pela lateral da viatura. Depois disso, Genivaldo não teve mais reação.
A reportagem procurou a Polícia Rodoviária Federal para pedir informações sobre o caso, mas ainda não obteve resposta. Até a última atualização, a PRF informou que abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos. O comunicado afirmou ainda que técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo foram empregadas para conter a vítima que, segundo a PRF, estava agressivo.