Em meio a aumento de casos de Covid, Bolsonaro chama 2ª onda de ‘conversinha’
Presidente afirmou que se crescimento de infecções for confirmado 'tem que enfrentar' para economia não 'quebrar de vez'
Apesar de nove capitais brasileiras testemunharem um avanço de infecções por coronavírus, como mostrou O GLOBO, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que uma segunda onda da pandemia de coronavírus é uma “conversinha”.
Bolsonaro afirmou também que, caso a segunda onda aconteça, “tem que enfrentar”, para a economia não “quebrar de vez”.
O comentário foi feito durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. Na ocasião, Bolsonaro fazia uma comparação do seu governo com administrações anteriores e disse que os ministérios então funcionado, “apesar dessa pandemia”.
— Vocês vejam o que era antes, como eram os ministérios, tudo aparelhado no Brasil. Como estão funcionando (agora), apesar dessa pandemia que nos fez nos endividar em mais de 700 bilhões de reais. E agora tem conversinha de segunda onda. Tem que enfrentar se tiver, porque se quebrar de vez a economia, seremos um país de miseráveis. Só isso.
O aumento de casos nas capitais foi registrado em levantamento do sistema InfoGripe, assinado pela Fiocruz, com base em registros do Ministério da Saúde. O mais recente boletim epidemiológico, referente a dados coletados até o último dia 31, mostrou que oito dos municípios mais ameaçados são das regiões Norte e Nordeste, justamente as primeiras em que o sistema de saúde entrou em colapso por conta da Covid-19, entre abril e maio. A exceção é Florianópolis.
Na terça-feira, durante evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro reclamou que “tudo agora é pandemia” e que “tem que acabar esse negócio”. No mesmo discurso, disse que o Brasil precisa deixar de ser um “país de maricas“.